8.6.17

Passei pra dar um Oi

Em meio a uma tentativa frustrada de estudar para a prova de Direitos Humanos que acontecerá amanhã a noite, me percebi vagando no computador. E olha só, quase 05 anos depois, onde em vim parar... O mais engraçado é que hoje mais cedo me percebi querendo escrever. Muitas coisas aconteceram durante esse longo período de afastamento e entre essas muitas coisas, pouco tempo.
Enfim, aqui estou, aqui parei, aqui relembrei como isso funciona e aqui deixo meu oi. Não sei se um dia volto. Sei que muita coisa importante foi despejada por aqui, então, o meu devido respeito às minhas memorias... oi, bloguinho! saudades!

😍

23.3.12

Agora me veio uma pergunta...

Por que mesmo eu tenho 2 blogs?


http://nandaabobora.wordpress.com/





¬¬

14.3.12

Tudo!


Arnaldo Antunes
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8.3.12

Trigueirinho

Auxílios para evoluir

Pode-se dizer que o homem moderno passa pela vida sem realmente percebê-la.
Tomem-se como exemplo as pessoas que vivem em áreas de alta poluição atmosférica, como os complexos industriais e as grandes metrópoles, que afirmam que com o tempo não sentem mais o mau odor no ar e deixam de incomodar-se com a irritação nos olhos.
Devido a esse acomodamento gradual, processos de degeneração física vão-se tornando crônicos, e o desenvolvimento superior dos sentidos externos e internos vai sendo cerceado.
Por pautar a vida na ação imediatista, tendo em vista apenas o bem-estar pessoal, grande parte dos homens não consegue captar o que realmente se passa dentro de si e a sua volta. Podem estar num ambiente que nos planos sutis seja um potente dínamo de energias cósmicas, mas tampouco se dão conta desses aspectos impalpáveis.
Por não se encontrarem em sintonia com a frequência por elas emitida, não se deixam tocar conscientemente por suas irradiações.
O afinamento da capacidade de interagir de modo lúcido com essas vibrações pode ser comparado à sintonização de um aparelho de rádio: para receber determinados sinais é preciso que esteja na frequência correta.
Como pode um indivíduo contatar esferas de vida divina se restringe sua realização ao âmbito humano, focalizando prioritariamente a si mesmo e seus ideais?
Por isso, o trabalho evolutivo autêntico visa ao alinhamento da consciência com valores transcendentes.
Todavia, deve-se lembrar que, do mesmo modo que os aparelhos de rádio podem ser sintonizados em diferentes frequências, a consciência pode mudar de sintonia e contatar fontes que transmitam estímulos mais elevados.
É a atração dos núcleos internos, polarizados em planos superiores, que promove essa mudança.
Quando ocorre, a consciência fica diante de uma prova: pode integrar-se à vibração que lhe está sendo revelada, ou permanecer na frequência antiga.
Os auxílios para evoluir são sempre ofertados, mas cabe ao eu consciente aceitá-los ou não.


Extraído do livro “Novos Oráculos” – Trigueirinho
Editora Pensamento
Págs. 61 e 62


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7.3.12


O sono tem me faltado frequentemente, como agora.
Uma tristeza tomou conta de mim, coisa que raramente se vê.
Os amigos se mostraram presentes, mesmo quando não consegui dar o retorno esperado por eles... mas quem é amigo é assim: não desiste nunca.
E quem é amigo+irmão: nunca é substituído.
Me perguntaram porque tanta dor na saída de Gu de jacobina.... Não sei.
Já morei só e sinceramente, adoro.
Mas depois entendi o que eu não conseguia perceber: ele era a fonte que nunca secava, especialmente no tipo de trabalho que a gente exerce. Foi lá que o vi stressado, mas ele me tinha ao lado. E eu viro onça pra defendê-lo. Foi lá que achei que não aguentaria, mas ele e sua força absurda estavam do meu lado. E sempre me acalmaram só com um olhar.
De repente eu, que sempre fui tão forte, me vi só num mundo que queria me engolir.
E por ele existir, não me imunizei para enfrentar tudo isso sem escudos. Esvaziei, murchei.
Não pelo desamparo dos colegas, mas pela falta em presença física da força que nunca seca. Também pela falta de preparo de quem não sabe lidar com isso.
E quer saber: achei muito válido estar do lado frágil da situação.
Já ouvi e segurei a barra de muita gente, quem quiser que segure a minha. Ou suma. Sei lá.
Nos poucos momentos que me vi perdida, desabafei com um e com outro, mas saí só.
Agora não tô a fim, não tô aguentando.
Talvez nem queira aguentar, sei lá. Tá mais forte do que eu neste momento.
Voltar pra Jacobina não me dói em pensamento. Voltar ao trabalho, por ora, sim, me destrói.
Dói estômago, cabeça, alma. Crises de choro.
Dói também não ter contado com uma única pessoa, mas cada um com suas razões, um banho de rio deve curar.
Reparos tardios não vão resolver meus problemas agora e as feridas foram sérias.
Preciso me fortalecer. E nem tenho dúvida que vou. E por isso me calei e sofri. Sem conseguir falar com quase ninguém.
E foi então que vi as preocupações que vieram de fora... cada mensagem de amor me fez ver que isso só abalou a minha imunidade e desbancou a fortona que todos me julgam ser.
A sanidade e a felicidade, mesmo com todas as lágrimas e toda a falta de sono, pode acreditar, continuam intactas! Ou eu não teria forças para escrever!
E o dia começa a clarear... assim como minhas idéias.
Irmão, vc fará uma falta danada na poltrona 7, mas 330 km não é o outro lado do mundo, e pior que isso a gente já passou.
Amo muito vc!
Perdoe a minha fraqueza e as minhas lágrimas.
Não são por você, nem pelo seu progresso. São por mim, pela sua falta.
...
Escrito ontem às 05:52, no Facebook
...

4.3.12

A Cura pelo Amor

Um dia sem chão, sem teto, sem irmão, sem estímulos, sem vontades.
Tudo ficou cinza, meu porto seguro mudou de lugar.
O vazio, a tristeza, a solidão e o desânimo deram lugar à exaustão.
Deste cansaço, veio o desassossego, amigo-irmão da depressão.
Esta, como principiante, teimou em ficar, sentiu-se bem na desarrumação do lar.
Mas a proprietária não é inconsciente, está apenas fragilizada...
Delegou a um anel a importância da vida eterna, da confiança e do companheirismo.
Achou-se segura. Mas o vento passa e leva o que não tem peso.
E percebeu que os elos de verdade nao são feitos de metal.
Foi assim que entendeu que precisava de ajuda.
Quem sempre foi forte, que sempre ouviu, necessitou de colo.
E ao precisar desse apoio foi que muita coisa se revelou. Escondeu-se.
Quem estava ao lado, fugiu: precisava de um bar, precisava sumir.
Mas quem ama, sente, mesmo com a distância física.
E a presença veio em forma de palavras, brigadeiro, lágrimas, abraços, ligações e mensagens.
Quase todas sem retorno.
Mas não veio em forma de aliança física.
Foi então que ficou claro que a ajuda vem até você, mesmo quando não se implora ou se responde.
Ela se mostra só pra que se saiba que ela esta ali. E não te desampara.
E é assim que surge o sentimento que move o mundo: quando você realmente precisa dele.
Assim é o despretensioso amor.

E ele cura.

<3

21.4.11

Rifa-se um coração

"Rifa-se um coração
Rifa-se um coração quase novo.
Um coração idealista.
Um coração como poucos.
Um coração à moda antiga.
Um coração moleque que insiste
em pregar peças no seu usuário.
Rifa-se um coração que na realidade está um
pouco usado, meio calejado, muito machucado
e que teima em alimentar sonhos e, cultivar ilusões.
Um pouco inconseqüente que nunca desiste
de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado coração
que acha que Tim Maia
estava certo quando escreveu...
"...não quero dinheiro, eu quero amor sincero,
é isso que eu espero...".
Um idealista...Um verdadeiro sonhador...
Rifa-se um coração que nunca aprende.
Que não endurece, e mantém sempre viva a
esperança de ser feliz, sendo simples e natural.
Um coração insensato que comanda o racional
sendo louco o suficiente para se apaixonar.
Um furioso suicida que vive procurando
relações e emoções verdadeiras.
Rifa-se um coração que insiste em cometer
sempre os mesmos erros.
Esse coração que erra, briga, se expõe.
Perde o juízo por completo em nome
de causas e paixões.
Sai do sério e, às vezes revê suas posições
arrependido de palavras e gestos.
Este coração tantas vezes incompreendido.
Tantas vezes provocado.
Tantas vezes impulsivo.
"Rifa-se este desequilibrado emocional
que abre sorrisos tão largos que quase dá
pra engolir as orelhas, mas que
também arranca lágrimas
e faz murchar o rosto.
Um coração para ser alugado,
ou mesmo utilizado
por quem gosta de emoções fortes.
Um órgão abestado indicado apenas para
quem quer viver intensamente
contra indicado para os que apenas pretendem
passar pela vida matando o tempo,
defendendo-se das emoções.
Rifa-se um coração tão inocente
que se mostra sem armaduras
e deixa louco o seu usuário.
Um coração que quando parar de bater
ouvirá o seu usuário dizer
para São Pedro na hora da prestação de contas:
"O Senhor pode conferir. Eu fiz tudo certo,
só errei quando coloquei sentimento.
Só fiz bobagens e me dei mal
quando ouvi este louco coração de criança
que insiste em não endurecer e,
se recusa a envelhecer"
Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por
outro que tenha um pouco mais de juízo.
Um órgão mais fiel ao seu usuário.
Um amigo do peito que não maltrate
tanto o ser que o abriga.
Um coração que não seja tão inconseqüente.
Rifa-se um coração cego, surdo e mudo,
mas que incomoda um bocado.
Um verdadeiro caçador de aventuras que ainda
não foi adotado, provavelmente, por se recusar
a cultivar ares selvagens ou racionais,
por não querer perder o estilo.
Oferece-se um coração vadio,
sem raça, sem pedigree.
Um simples coração humano.
Um impulsivo membro de comportamento
até meio ultrapassado.
Um modelo cheio de defeitos que,
mesmo estando fora do mercado,
faz questão de não se modernizar,
mas vez por outra,
constrange o corpo que o domina.
Um velho coração que convence
seu usuário a publicar seus segredos
e a ter a petulância de se aventurar como poeta."



Ricardo Labatt



(L)

27.1.11

Eu não faria...

Depois de tanto pensar em situações que me fizeram mal de alguma forma, eu descobri a canalização de pensamento que instantaneamente me acalma.
Em primeiro lugar eu acho que o que me acontece vem de alguma forma de uma permissão que eu, sem prestar atenção, concedi. E acabo achando que se tive aquilo, foi porque mereci, por mais que não ache o porquê.
Às vezes, confesso, isso não funciona bem. E eu entristeço.
Como em algum momento desse blog eu já disse, a tristeza é mais complicada e mais difícil de lidar e assumir do que a raiva, o ódio. A tristeza bate de frente com a alegria, me tira a melhor sensação, a de sorrir. O ódio passa depois que você grita. A tristeza vem sobre a importância. Se algo ou alguém não me fosse importante, não teria o poder de me fazer triste.
Assim sendo, observando certos comportamento de pessoas próximas por quem sinto qualquer espécie de amor, o que vem de lá e que me fere, inevitavelmente me entristece, me murcha. Mais uma vez não tiro minha culpa, muito menos digo que as pessoas não são passíveis a erro. São sim, inclusive eu. Mas existem os egoístas, aqueles que não fazem questão de olhar pro lado porque o mundo gira em torno dele. Ou simplesmente falam bobagens para levantar a sua estima defasada e acabam sendo levianos com as palavras e com as pessoas que estão ao lado.
Gosto de relações fortes e verdadeiras. Para cada uma, um amor diferente e um limite diferente. Minhas relações 'sem barreiras' são poucas mas suficientes pra me deixar tranquila e não me dar a chance de pensar em perder a fé nas pessoas. Falho também, mas me esforço pra não ser desleal com quem eu gosto e principalmente com quem gosta de mim. Às vezes estou longe, sem paciência, querendo ficar só, ou mesmo vivendo qualquer momento que não comporte dar a mesma atenção que normalmente distribuo entre colegas, família, paquera, amigos, vizinhos... mas tento entender o lado do outro, também quero que entendam o meu, é fato.Quando se estabelece uma relação, seja ela qual for, a primeira coisa que se faz é ceder poderes. Quando se gosta de alguém e se sente o retorno, você se torna responsável por isso (sim, bem 'pequeno príncipe' mesmo). E nada pode ser mais cruel, escroto e desumano do que alguém usar contra você o que você tem de melhor: seu sentimento verdadeiro. Não é porque se tem certeza do que o outro sente, que se pode ser irresponsável com o ele. Isso me desarma, me choca.
Já me senti sacaneada sim, e pretensiosamente achei que não era merecedora daquilo. Foi então que descobri o tal pensamento que me acalma e me faz sorrir em frente ao espelho: EU NÃO FARIA ISSO!
Daí vem o mundo e me acha uma pessoa forte. Forte é o caráleo. Sofro pra caramba, fico na merda, quero sumir, odeio acordar quando tô assim. Mas tenho que admitir: isso dura pouco. Passa relativamente rápido porque eu levanto (mesmo na obrigação) e olho pro espelho dizendo: que bom que foi comigo e não o contrário. Eu supero. E me orgulho em saber que eu não faria isso dessa forma. Assim reprimo os meus dramas (não que tenha obrigação de fazê-lo), mas me sinto melhor. Choro quando sentir vontade, mas prefiro não desperdiçar minhas lágrimas. E peço aos Céus que nunca me deixe agir dessa forma com ninguém, que me dê luz no momento que eu não perceber que estou fazendo alguém sofrer com qualquer atitude minha inconsciente ou leviana e que se mesmo assim eu atingir, que essa pessoa me veja com humana, normal, que erra e faz besteira... e me perdoe. A vida é linda demais para perder tempo guardando o que não nos faz bem. Então continuo pensando e me enchendo de orgulho por saber que não agiria de tal forma (isso me conforta muuuito) e qualquer desculpa que antes era fundamental, se torna desnecessária. Deixa pra lá e vai sorrir. Eu não gosto de desistir das pessoas, isso me faz sofrer, mas do meu lado eu prefiro que fique quem queira ficar. E também não sou saco de pancadas pra que neguinho cresça e amadureça me machucando. Gosto de ser feliz.
A vida continua lá fora e eu não nasci pra vê-la passar com meus braços cruzados na janela.

25.12.09

Ho Ho Ho

O título é clichê, a dona do blog também.

Natal sempre foi a época do ano de minha preferência, quando era criança.

Hoje eu gosto, como gosto do ano inteiro.

Acho que quanto menos nova vou ficando, mais sensível estou nessas datas que, de alguma forma, me envelhecem.

A cada ano percebo isso melhor no meu aniversário e no natal. E eles estão relativamente próximos.

Dizem que é a hora de fazer o balanço anual.

E eu vivo num mundo exposto que é só meu. Um lugar público que ninguém invade.

Só entra quem eu convido.

Percebi que gosto disso e que a opinião alheia é apenas a idéia dos outros.

Meus pensamentos continuam quase os mesmos. Minhas atitudes perante a vida e as pessoas, nem tanto.

Continuo enxergando o outro como uma extensão de mim mesma.

Continuo respeitando a natureza.

Continuo tentando melhorar.

Entendi que meu abraço pode não fazer bem a todo mundo.

Percebi que o abraço de qualquer pessoa, sempre me cai bem quando é sincero e desvinculado.

Vi que essa tal sinceridade que eu teimo em não conseguir esconder trava as pernas de muita gente.

Mas também tomei consciência de que muita coisa pode ser evitada quando a boca está fechada.

Melhorei em muitos aspectos, graças a Deus. Em outros, vou lidando como posso.

A consciência de querer mudar o que não está como eu gostaria, me causa certa agonia.

Mas o respeito ao meu tempo vai abrandando aquilo que de alguma forma me aflige.

Não quero mais que me cobrem a perfeição.

Já me chamaram de inatingível, de inalcançável, de fortaleza e já me disseram que essa minha ‘intocância’ precisa ser entendida.

Foi bem essa a palavra que usaram... intocância. Não sei o que significa.

Sempre exponho meus defeitos e inseguranças para alertar que os tenho mesmo.

E me orgulho de tê-los, porque sou humana. Melhor, me orgulho de enfrentá-los.

Quero mudar muita coisa ainda, inclusive o mundo e a mim mesma.

Dou um passo à frente e já não estou mais no mesmo lugar.

Dou um passo em qualquer direção, e o mundo inteiro já saiu da sua posição.

Gosto da ótica pela qual eu vejo a vida. Gosto do meu otimismo barato. Gosto de querer que tudo esteja bem, mesmo não precisando estar.

Gosto dos meus medos, certas horas. Eles me paralisam pro que eu não devo fazer e me dão energia pra ir em frente no que eu quero fazer.

Acho que as pessoas dramatizam demais, sim.

Acho que eu deveria fazer isso de vez em quando também... uso pouco esse recurso.

Sofreria menos se gritasse mais. Sofreria mais se não soubesse ficar quieta.

Respeito o limite alheio e quando o invado é porque não estou bem. De resto, só entro se me derem ousadia.

Quero desistências sem dor e finais harmoniosos. Prefiro a sensação de coisa natural, de macio, de ar puro. Adoro a leveza!

Tenho sentimentos desprezíveis de vez em quando. Me agrada conseguir dissipá-los com relativa facilidade.

Queria ver todo mundo sorrindo, mas não tenho esse poder. Então sorrio por mim e por muita gente.

Sou rabugenta em larga escala, mas ninguém leva minhas chatices a sério como deveriam ser levadas.

Sou um fracasso com um monte de coisa, mas aprendi a reconhecer meus sucessos também.

A notícia ruim que tive hoje me fez ver que a vida anda e que nem tudo é como a gente imagina.

A casa dos outros pode não ser como imaginamos. E nunca é, de fato.

Por ‘casa’ leia-se um monte de coisa, tipo relação, cabeça e até o lar mesmo.

Mas acho que isso eu já tinha aprendido antes.

Fico então com outra lição: quem tem problemas são os outros.

E que problema é só uma questão de perspectiva. É melhor ficar com o ensinamento!

Eu acredito no amor, seja ele como for.

Acredito na dor também e na sua real necessidade de existir.

Acredito no crescimento e na aprendizagem.

Eu acredito que a gentileza move o mundo.

Tentei, uma vez, me controlar pra não ser tão ‘simpática’. Já me odiaram por ser assim.

Mas isso está fora do meu controle. E nem acho que eu seja tanto.

Como também acho que o ódio só faz mal a quem o sente.

Acredito (mesmo!) que apenas tento ser gentil com as pessoas. Tento ser comigo também.

Ah sim, já fiquei irada, já senti raiva, já senti ódio. Por pouco tempo, ainda bem!

Mas foi tempo suficiente para saber que eles não me valeram de nada!

Tenho momentos egoístas, me faço histérica, quero quebrar a cara de alguém. Ainda bem que não é o meu normal.

Tenho fotos proibidas, cartas comprometedoras, pensamentos que teoricamente não deveria dividir com ninguém, por serem tão feios e até sórdidos às vezes.

Vi, em 2009, que isso tudo facilita o meu viver. Me aproxima do mundo, me aproxima de você. Me deixa a beira da normalidade típica.

Aprendi a não potencializar somente os meus defeitos. Descobri por mim mesma e por um monte de gente, muitas das minhas qualidades.

Não espero flores, eu dou flores. Minha dignidade é muito baixa (hehehehe) e eu prefiro que assim seja.

Tenho facilidade em passar por cima, mas só tenho equilíbrio no dia seguinte.

Preciso do meu tempo pra processar as coisas, e ele parece não ser tão longo quando olho as pessoas ao meu redor.

Só fico com as lembranças boas de tudo, dizem que isso machuca mais. Prefiro, pois assim tenho a certeza de que tudo valeu a pena. Que doa!

Às vezes perco o chão, e junto com ele vai o salto. Sorte que só uso rasteiras.

Eu sou cheia de defeitinhos chatos. Gostaria de ser uma filha melhor, uma irmã melhor, uma amiga melhor, uma cidadã melhor.

Deveria eu pensar se gostaria que todas essas pessoas e o mundo fossem melhores pra mim também?

Acho que tá tudo bem de lá pra cá e então mudo meu pensamento... gostaria que todos estivessem satisfeitos.

Gostaria que entendessem o que eu escrevo. Ou que me questionassem se não entendessem.

Gostaria de um monte de coisa. Gostaria de não comer carne.

Gostaria de saber o português correto.

Gostaria de não ter feito aquilo. Gostaria de não ter dito o que um dia disse.

Gostaria de não ter o pé gordo e feio pra tirar uma foto legal dele.

Gostaria de nunca ter tido espinhas na cara.

Gostaria de eliminar minhas gordurinhas laterais da cintura e meu suvaco gordo.

Gostaria de ter filhos gêmeos.

Gostaria de poder voar. Mas, mais??

Que ridícula essa insatisfação momentânea... Tsc.

Bobagens. Pura irresponsabilidade com a vida que me é tão generosa.

Gostaria de não ser ingrata de vez em quando. E peço perdão quando sou.

Gostaria que todo mundo não inventasse motivos pra descobrir infelicidades.

Gostaria que todo mundo percebesse que tudo é uma questão de tempo.

Me disseram que eu sou sonhadora. Talvez eu seja mesmo. E qual dos meus sonhos eu ainda não realizei?

Isso é o que importa pra mim. Realizo todos. Tudo ao seu tempo.

Não me orgulho quando me sinto inútil e indolente.

Não me orgulho quando perco a paciência, quando sou dona da verdade, quando brigo com minha mãe.

Não me orgulho quando crio dificuldades de resolver algo facilmente resolvível.

Não me orgulho quando sou cruel com as palavras sinceras e sem controle.

Não me orgulho quando dou risada de piadinhas de humor duvidoso.

Não me orgulho quando me firo nem quando forço minha natureza.

Não me orgulho quando caio na tentação da fofoca e nem no grupinho de vida pouco interessante.

Trabalho em cima de tudo isso, pode acreditar! Aí sim, me faz sentir orgulho.

Não quero o que é dos outros. Gosto das minhas conquistas, mesmo que sejam inspiradas em alguém.

Sou forte mesmo e nem queria ser tanto. Por causa disso pessoas fazem o que querem sem achar que vão machucar.

Sou fraca, e nem queria ser tanto. Por causa disso machuco pessoas por não conseguir dizer 'não'.

Fico arrasada quando não me ouvem, quando não se esforçam pra me compreender ou quando não respeitam meu dia ruim.

Sou pessoa, o que deveria ser o motivo maior para ser entendida e para entender.

Tenho desejos maiores. Tenho preguiça. Tenho cansaço. Tenho sono. Tenho felicidade em acordar também. Tenho disponibilidade com o outro na maioria do tempo.

Adoro ficar só, quando quero ficar só. Adoro ficar acompanhada, quando quero estar com alguém.

Adoro a companhia da pessoa certa pra cada ocasião. Adoro rever meus amigos que vejo pouco. Adoro ouvir.

Percebi, esse ano, que adoro ser ouvida também. Adoro arrumar meus pensamentos com quem os entende e não os julga.

Sou minha grande amiga e me dou conselhos legais quando parte de mim está bem e outra parte, nem tanto.

Tenho ciúmes de mim mesma, o que me prejudica em qualquer relação em que eu precise deixar de ser eu.

Tenho os melhores amigos que nunca me cobram aquilo que eu não posso e não quero dar.

Tenho também ao redor, aqueles que eu amo mas que não pensam duas vezes antes de me apontar o dedo.

Já se sentiram usados sem nada me oferecerem.

Já desisti de entender muita coisa.

Gosto de assumir a culpa onde não há culpados, só por ter a facilidade de deixar que tudo siga como antes da situação.

Gosto de falar 'foi mal' quando faço merda ou penso idiotices, e isso atinge alguém sem querer.

Gosto de abraçar para que qualquer palavra não mais precise ser dita.

Gosto de ter mil possibilidades e não querer escolher nenhuma.

Gosto do meu dinheiro e de usá-lo para minha alegria. Gosto de não gostar tanto de dinheiro.

Gosto do resultado do meu trabalho. Gosto de não querer pessoas gananciosas por perto. Gosto de decidir quem quero como amigo.

Gosto do que vejo quando me olho no espelho. Gosto da minha consciência.

Chorei mais que o normal esse ano. Ou não. Eu deveria chorar mais sempre.

Choro mais de emoção do que de dor, normalmente.

Mas, meus choros de dor foram todos compartilhados esse ano. Eu achei isso legal mesmo.

Aprendi a me vingar de todos que eu deixei que me fizessem mal por culpa exclusivamente minha... sabe como??? Vivendo bem!

Aprendi, elevando o pensamento, a me retratar do mal não intencional que eu possa ter feito ao outro.

Aprendi a me envergonhar, me arrepender, me perdoar, e não mais repetir o mal real e consciente de qualquer espécie que eu possa ter causado.

Aprendi a me deixar quieta quando estou de mau-humor. Aprendi a me respeitar quando não estiver sendo legal.

Aprendi a não acreditar em tudo o que o outro quer que eu acredite com sua atitudes, mas aprendi também a não contestar.

Aprendi que a melhor palavra pode ser a que não se dá e que o silêncio pode dizer muita coisa.

Aprendi a deixar pra lá tudo que eu não tenho forças pra resolver.

Aprendi há tempos, a respeitar o tempo.

Aprendi a seguir em frente.

Porém tenho me cobrado demais, até me censurado demais, e não gosto disso. Mas é por um único motivo: querer melhorar.

Aprendi, me censurando, a não censurar o outro.

Isso é um processo de condicionamento operante, vi na faculdade! Com o tempo vira hábito.

Aprendi a não perder a paz (melhor lição do ano!).

Entendi que muita coisa eu já sabia, só racionalizei melhor.

Descobri que fico melosa quando o ano está acabando...

Estou satisfeita. Que bom. Gosto de balanços positivos.

Me perguntaram sobre os planos para 2010.

Respondi: continuar vivendo bem comigo e com o mundo.

É, acho que com todos os meus defeitos, consegui fazer a supervisão das minhas qualidades também.

Sei que 2009 teve lá seus momentos difíceis. E quando não os terei? Mas nem foram tão difíceis assim.

Respeite meus dramas!

Aprendi amar a vida há muito tempo, e esse continua sendo meu plano para 2010 e o meu objetivo de sempre: ser feliz!

Estou sempre aprendendo a ser Eu.

...

Um ano novo cheio de esperanças, harmonia, amor e paz!

FELIZ NATAL!

20.7.09

FELIZ DIA DO AMIGO!!!

Eu sou uma pessoa de sorte.
Anos atras (la ele!) eu me assustei com a afirmação do meu terapeuta: o ser humano nao é capaz de suportar mais de um amigo. Ser amigo é uma carga muito grande.
Fiquei frustrada.
Sempre tive consciencia de que sou uma pessoa bem relacionada e quando ele disse isso quase bati nele.
Mas com o passar do tempo entendi o que ele quis falar... ser amigo é uma responsabilidade absurda.
Eu reafirmo: tenho sorte. E amigos! Nao tanto em quantidade, mas em qualidade.
E sou rodeada de pessoas queridas, que talvez nao sejam mais amigas por falta de oportunidade, mas seriam fortes candidatas ao cargo, isso ja me deixa feliz e me faz entender que compreendi o que ele quis dizer quando afirmou essa coisa doida.
Pra mim, toda e qualquer relação é baseada na confiança, respeito, clareza e compreensão.
O verdadeiro amigo compreende e nao cobra. Entende a fase e o tempo do outro. A mao ta sempre estendida, por mais que voce ache que esteja falhando e nao mereça.
Queria ver mais meus amigos, mas as circunstancias nao permitem... coisas da vida 'adulta'.
De repente alguns de infancia se tornaram dessas pessoas queridas que eu sei que estao a minha volta, mas ja nao sabem tanto de mim ou eu deles. E tambem nao tenho outro nome para qualifica-lo alem de 'amigos'.
Estranho, né? hehehehe. Tambem acho! Mas cada um tem seu papel. Uns atuam mais, outros menos,mas com valor semelhante.
Meu pai uma vez falou que por onde eu passava eu carregava alguem comigo. E essa pessoa sempre era importante.
Minhas relaçoes verdadeiras sempre sao fortes e intensas.
Ele estava certo. Alguns se perderam no tempo mas foram fundamentais pra minha vida e pra eu ser quem hoje eu sou.
Eu respeito o processo natural das coisas.
Foi assim na escola, no predio onde passei a infancia (saudades!), na rua pra onde me mudei depois, no colegio onde fiz o segundo grau, no cursinho, na faculdade de economia, no cursinho novamente, no cursinho mais uma vez (¬¬), na faculdade de publicidade, na banda, no rock, no primeiro emprego, no segundo emprego, no tempo em que morei fora, no curso para concurso, na nova morada, no novo trabalho e nas relaçoes que fiz enquanto tudo isso acontecia e com influencia dessas pessoas todas.
Só posso agradecer. Agradeço a quem entrou, a quem saiu, a quem voltou, a quem ficou e a quem vai chegar, porque sempre vai chegar...
E nunca é tarde.
As ultimas pessoas que entraram no meu rol de amigos me fizeram ver que nao ha idade para construir novas amizades. E hoje ja nao imagino (e nem quero) a vida sem elas.
Muita gente precisou sair da minha historia para que coisas pudessem acontecer e hoje entendo isso bem. Energia. Nao significa que as quero mal, pelo contrario.
Alguns sairam de forma brusca, desordenada e triste, por meio de mal-entendidos, mas estou me referindo as relaçoes verdadeiras. E as que assim o sao, a vida se encarrega de reverter.
Me surpreendo a cada dia com esse poder que eu tenho de cultivar tanta gente linda (sim, isso é um poder!).
Eu sei tambem da legiao de pessoas que nao agrado e numa conversa com amigos nesse final-de-semana eu tive total consciencia de que nao ha no mundo, hoje, uma unica pessoa que eu nao conseguiria abraçar sem falsidade. Existem aquelas que eu nao tenho vontade de tomar iniciativa, mas que abracaria se chegassem ate mim. Fico feliz com isso. Nao existem magoas e nem ressentimentos que sejam mais forte que o meu bem estar e do que o amor que tenho ao proximo. Mas tambem nao quero e nem preciso forçar a barra pra isso, gosto de abraços sinceros e espontaneos. E nao, eu nao sou espaçosa (com quem nao me da espaço! hehehe. E se fui, foi mal, as vezes nao enxergo o que ta no meu nariz. Sou muito mais idiota e inocente nesse sentido, do que eu me julguei ser! E eu me achava espertona... heheheh). Mas ja me conscientizei de que nao vou agradar sempre e parei de sofrer por isso (apesar de ainda me chocar de vez em quando). Ja ouvi muita teoria ao meu respeito e prefiro entender quem eu conheço ao inves de tentar entender de uma maneira qualquer quem eu nao conheço. Entendeu? hehehe É confuso, mas as pessoas sempre acham que sabem o que se passa na vida das outras e normalmente estao erradas, equivocadas.
Eu lembro de ter falado de uma fase dificil ha pouco tempo. E outro dia eu percebi que isso faz tao pouco tempo mas pra mim parece tao distante que nem lembrava mais. Isso porque tenho amigos. Os que me ajudaram e os que simplesmente estavam ali, sem nem saber do que tava se passando, mas que eu sabia que estavam ali. Tenho minha parcela de 'culpa' nisso tudo: a falta de talento pra sofrer e pra cultivar coisas ruins. Talento esse que eu nao quero! Hehehehe. Mas saber que podia contar com pessoas, me confortava tambem.
Aprendi a viver bem, a deixar de lado certas coisas e a esperar que o tempo tire o incuravel do centro das atençoes.
Sei quem sou, quem sao meus amigos e o quanto me orgulho de te-los. Amo muito e nem tenho medo de ser piegas, repetitiva, aparentemente exagerada ou sentimental demais quando digo isso e quando repito que a cada momento que eu lembro, eu agradeço a Deus por eles e pela vida abençoada que tenho.
Mesmo quando tudo parece estar fora de ordem, eu sei la no fundo que tudo vai ficar bem. Isso porque sei a minha direção, mesmo quando aparento estar perdida. E fico triste se fiz mal a alguem, muito mais do que quando tento lembrar do mal que um dia ja me fizeram. E se preciso me esforçar pra lembrar, é porque preferi esquecer. Nao tenho amnesia, mas menos ainda tenho vontade de me martirizar com coisas pequenas.
Gosto de ser normal e de achar que quem esta do meu lado tambem é, e por isso falha, como eu! Nao fico nem mais feliz e nem mais aliviada se alguem sofre por mim ou por algo que me fez. Nao mesmo. Uma vez fiquei arrasada por uma situação e ouvi de uma pessoa que me ver triste o deixava mais aliviado, porque via que eu nao tive a intenção. Doeu. Passou. Heheh. Enfim... cada um com seu cada um.
Semana passada me reaproximei de alguem que estava afastado por um desentendimento. Percebi que muita gente tem medo e orgulho de tomar iniciativas simples e vi que seria mais facil se isso partisse de mim. Perguntei: Posso te dar um abraco mais forte? Foi tao bom ver que eu pude desarmar uma situação boba e o quanto foi feliz poder dar um abraço apertado e sincero em alguem que me fazia falta! Ja fiz muito isso! Depois dessa iniciativa, conversamos e lembro do que essa pessoa me disse: que eu era muito má quando tava com raiva, que meu olhar o deixava arrasado. Ele interpretou mal meu olhar e eu perguntei e retruquei: E quem disse que eu tava com raiva? Eu tava era triste! Seria mais simples se voce tivesse me perguntado...
A vida so se complica porque as pessoas a complicam. E nao há vento favoravel pra quem nao sabe onde ir. Eu sei... e eu nao 'me acho', porque simplesmente nao me perco. E quando me distraio e pego o atalho, nao eh o lobo mau que esta me esperando. É um amigo! Sei por onde nao devo ir normalmente. E quando vou errado, aprendo. Eu choro as minhas lagrimas e retomo. Minha vida, minhas atitudes, meu problema.
Eu sou positiva e otimista e por isso o vento sempre sopra a meu favor.
Cada um tem seu referencial de felicidade e harmonia, respeito o meu, por isso tenho paz.
Ate quando eu to triste, eu tenho consciencia de que aquilo vai passar e a ansiedade tambem vai embora quando a decisao de qualquer coisa é tomada.
Minha decisao é ser feliz e ter paz. E poder manter essa rede de pessoas maravilhosas que ja conquistei.
Tenho certeza que cada um que faz parte disso sabe do que estou falando e se faz parte, mesmo estando longe de alguma forma.
Eu amo meus amigos.

FELIZ DIA DO AMIGO!
:)

30.6.09

http://nandaabobora.spaces.live.com/

Eu me rendo sempre!
Nao satisfeita com esse blog, o fotolog, o orkut, o facebook, entre outros que ja entrei e nao consegui dar conta, me rendi ao space do windows live!
So que acabei criando outro blog la mesmo, nao tao sisudo quando esse que me inspira em momentos mais complexos. E sim, um pra falar merda, chateacoes e diversoes tb! hehehehe
E nao eh que deu certo??? Tanta gente falando dele que esse aqui ta ficando com ciume...
Mas la eh mais pro dia-a-dia. Aqui estao meus pensamentos mais confusos e profundos.
Ou seja: tenho que me virar e manter os dois!
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.
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Para conferir:
=D

12.6.09

feliz dia dos namorados!!!
:)








que quem vc ama te faça feliz
e que vc faça o mesmo
(L)

7.6.09

Tudo passa... até uva passa!

Dias estranhos me dão vontade de escrever...
Hoje é um desses dias, definitivamente.
Quando se está passando uma fase ruim, tudo parece meio perdido. Deve ser chato passar sempre por fases ruins, eu agradeço a Deus porque isso não me acontece com freqüência. Mas também, quando acontece, não vem fraco não. É dicumforça, maluco! A sensação de estar perdida boiando no espaço é bizarra. Mas dizem que tudo bóia... ate jibóia!
A vida no interior é boa. Às vezes me dá tédio, mas eu lembro que quando eu morava na capital me cansava e reclamava também! É a eterna insatisfação do ser humano!
Daí vem a fase ruim. Garanto: no interior ela se potencializa pela falta de opções.
Não que eu ache que as pessoas não devam ‘curtir’ o momento chato e aprender ou extrair algo dele, mas quando se está longe de casa, da família e da maioria dos amigos, ele parece mais sem fundo.
Enfim, problemas no trabalho, final de namoro, stress com a turminha e um buraco enorme que grita pela falta de alguma coisa que não se sabe o que é. Isso quase nunca acontece comigo e se esta acontecendo é porque de alguma forma eu mereço, reconheço.
O lado bom: ter alguém pra te ouvir, sem te condenar, sem te criticar e que sabe que eu não sou adepta a fossas e dramas, talvez por isso tenha a certeza de que tudo vai ficar bem por mais desesperador que eu faça parecer. Hahahahaha. Cola em mim que eu sou sucesso! Mas é nessas horas que se revelam melhor quem você quer do seu lado, concorda? É sim.
O stress no trabalho foi grande e ainda não passou, mas amenizou. Eu absorvo demais as chateações dos outros e isso não me faz bem. E não é só no trabalho, é em tudo mesmo, brigo pelos outros. Acabo levantando a bandeira que todo mundo quer erguer, mas não tem coragem. E quero resolver, não sei falar pelas costas, não é do meu feitio e também não agüento ficar com aquilo preso na garganta. O trema no ‘u’ fica por conta da correção ortográfica que não sabe das novas leis do português (nem eu tampouco). Quero sanar a situação de forma diplomática sempre, e as vezes não é possível. Dei uma bronca no meu chefe. Mas era um pedido, um grito de ‘não me faça te odiar, porque eu gosto muito de você!’. Ele entendeu. Sujeito bom, inteligente, do bem. Isso não tira a minha insatisfação para com o trabalho no momento, mas aliviou o peso (e muito) ter subtraído disso a chateação que eu senti dele. Eu entendo todas as críticas ao serviço público, e critico também. Mas quem trabalha no INSS, que tem contato com todo tipo de gente, com todo tipo de doença, com todo tipo de loucura, com o fato de ter que decidir sobre o futuro dos outros e com a concessão ou não de benefícios, entende que não é a toa um stress coletivo devido ao aumento da carga horária. Isso me caiu mal demais.
É claro que talvez não tivesse me afetado tanto se o meu coração estivesse numa boa fase, mas ele há de ficar. Hehehe. Tudo muda... até bermuda! Stress no namoro, final de relacionamento. O que se cultiva a partir de agora? Mudo o cabelo? Dizem que existe uma relação forte entre fim de namoro e mudança de visual. Blargh! Emagreci (mais!), olha aí o lado bom...
Acho que todo mundo deveria ler ‘o pequeno príncipe’ e utilizar a frase de referência do livro: ‘tu te tornas eternamente responsável por tudo aquilo que cativas’. Responsabilidade pelo que você cria, faz acreditar e deixa acontecer é uma coisa muito séria.
Eu tenho um trauma imenso do meu primeiro namoro, vi isso mais claramente com o final do último. Pra mim não tem coisa pior do que você permitir que quem você ama te machuque. Não posso imaginar atitude mais cruel do que usar o que a pessoa tem de melhor – o amor – ao seu desfavor. Eu deixei que fizessem. A culpa aí é minha. Claro que cada um tem seu escudo pra sair mais forte da relação e sofrer menos, mas o cuidado com o outro é fundamental. Diz o homem que todo mundo ama... até fliperama! Só que às vezes o amor fere. É amor?
Meu primeiro namoro sério teve essa cautela no início do fim, eu acho. Éramos colegas, viramos namorados, terminamos e ficamos num beco sem saída por um tempo, pois éramos da mesma sala, da mesma equipe. Fomos ‘forçados’ a nos dar bem, a conviver com nosso stress, e no fundo eu queria isso, queria que ele não saísse da minha vida nunca. Conseguimos por muito tempo lidar com a situação, mas o que não é de verdade não dura pra sempre, sem dúvidas. E nesse caso, acredito que de uma parte não era de verdade. Só posso falar da minha, claro, mas essa era real. E é preciso que seja das duas partes para a relação funcionar. Você pode amar a distancia, querer bem e tal, mas não pode manter uma relação, seja la de que tipo for, se o outro não quiser. Acho que ele percebeu que eu seria um excelente trunfo para usar num jogo de amor e assim o fez. Aquilo me deprimiu. Mas é isso... ex-namorado(a) não serve pra nada mesmo! Hahahaah. E eu acabei me questionando como eu consegui acreditar em tudo aquilo e como eu fui capaz de amá-lo. Pergunta sem resposta: coisas da vida, o amor não se explica e ponto final. Fico triste em sentir ojeriza de certas coisas. Mas se não é pra querer o meu bem, me deixe quieta, e não me faça desejar mal a quem eu amo porque meu coração não tem espaço para sentimentos pequenos e não-nobres. Sim, sou pretensiosa e nao sofro de baixa-estima. Os humanos sentem raiva e ódio e eu acredito que isso só acontece com quem se gosta, senão fica muito fácil relevar e ignorar. E eu prefiro ficar com o lado bom do sentimento. Existem pessoas que não sabem ser amadas. Enfim, foi traumático pra mim. Me fez mal sentir raiva e nojo de quem eu só desejava amor. E hoje ele se tornou uma lembrança tão distante que agora veio à cabeça porque a fase está ruim. Isso é lamentável.
E se está ruim nesse sentido, é porque permiti ficar, não é mesmo? É sim. Não mais como foi um dia, acho que depois da primeira queda você cria uma almofadinha imaginaria para amortecer a segunda. Mas machuca ainda assim. Dói mais quando você pensa em que ponto as coisas chegaram, e não era o que você queria. Ninguém tem culpa, ninguém tem razão. Mas a vida continua, sempre. Acreditei, azar o meu. Todo mundo mente... até semente! Ouvi com atenção há alguns anos atrás a frase que meu amigo citou dando os créditos ao professor dele: “a questão não é ‘o que eu estou fazendo da minha vida’ mas sim ‘o que eu estou deixando que os outros façam da minha única vida’”. Posso ter perdido a fé em uma ou duas pessoas, mas não perdi nas pessoas e muito menos no amor. Continuo sonhando/acreditando que ele supera (sim!) as adversidades e a falta de paciência.
É muito difícil eu me queixar das coisas, acho que o mundo é muito bom comigo, mas aprendi a não me sentir ruim e nem ingrata quando tenho insatisfações, é o caso. O namoro não tava ajudando a fechar o buraco que deixei abrir dentro de mim por uma série de razoes, e o pior, estava deixando ele se alargar. E o mais grave é que comecei a sentir saudades de coisas e pessoas que já estavam longe e que não queria buscar. Fiquei mal por isso, mas a vida é assim. Nunca duvidei do que eu queria, mas eu fiquei com raiva de mim e do meu namorado por termos deixado essa brecha acontecer. Mas tudo seria facilmente solucionado com o que? Com amor, se ele existisse ou fosse forte. E tenho plena consciência de que se eu tivesse mais alma pra dar, eu daria... Djavan é gênio.
Daí vem problemas com a patota. Só se gasta energia resolvendo esse tipo de coisa quando se trata de amigo mesmo, eu penso. Amigo que te entende, que te espera e que não te cobra. E eu tenho! Problema de galerinha é o mais fácil de resolver normalmente. Não me pertubaria se a fase estivesse tranqüila, como já disse antes. Estou potencializando tudo mesmo. Hehehehehe.
Situacão: uma roda de ‘pessoas’ discutindo: ela mudou demais ultimamente, deve ser esse namoro. Um deles, depois de 30 minutos de discussão sobre o caso, pára e fala: alguém aqui tem alguma coisa de ruim pra falar dela? E todo mundo: não, é que...errr... não não, de ruim, não. Daí ele retruca: então vamos passar 30 minutos falando bem?
¬¬
Falar bem é interessante? Talvez não tão divertido! Isso aí eu tiro de letra porque estou sempre analisando quem eu quero na minha vida e quem eu não quero. Mas agora não quis digerir simplesmente por me dar a chance de ficar pirada com quem eu quiser da forma que eu quiser. Mas nem to tanto... tsc tsc. Nem isso eu consigo, sou um fiasco quando o assunto é ira! Eu não presto pra nada!
Tudo isso veio junto com outra coisa: uma crise alérgica com tosse escrota e a famosa picadinha (la ele) do mosquito da dengue. O fdp me deixou empolada, com febre, mau humor e sem vontade alguma de ter paciência para aturar a impaciência dos outros. Precisei ficar doente para entender que eu não preciso querer que tudo fique bem sempre e que eu também tenho limite. É fato! Me ponho sempre como uma pessoa normal, que quebra a cara, que faz merda, que erra e acerta, que vive bem com tudo isso, que pede desculpas e que se perdoa. Permito que as pessoas se decepcionem comigo sempre que eu falhar, porque não sou perfeita e nem quero ser. Mas eu esqueço de me decepcionar também, esqueço mesmo. Acho que porque tenho coisa melhor pra fazer do que apontar os erros dos outros. Vou juntar meus pedacinhos quebrados uiuiui. Tudo cola... até sacola.
Estou muito feliz por entender que preciso estar triste. Queria até estar mais triste agora. Mesmo porque tristeza é algo que se situa bem longe de infelicidade, e essa eu desconheço, graças a Deus. Me sinto mais frágil, porém mais acessível também nesses dias. Meu colo está disponível o tempo todo mas sempre tive dificuldade de pedir o colo alheio, e eu consegui agora. Por telefone mas consegui. Eu queria falar tudo o que eu disse a ela (meu colo) para outra pessoa na verdade, mas ela era a tábua de salvação naquele instante e entendeu isso perfeitamente. Nem sei como agradecer! Hehehehehehe. Fico ate com pena... pela primeira vez na vida enchi o saco de alguém sem ter a intenção de encher o saco, mas só na intenção de querer colo! Chorei por mim, pelo que deixei que me fizessem, pelo que eu fiz, pelo que eu queria ter feito e pelo que não mais farei. E ela tava ali, me ouvindo. Choro muito pouco, mas acho que cada um tem sua forma de ficar triste e chorar pouco não me torna menos sensível. Ah, aprendi a não odiar ser sensível e aceitar ser mulherzinha também! Hahahahaha. E que fique claro que encher saco com intenção eu sempre soube fazer muito bem, sou insuportável quando quero. Hihihihi. Eu faço piada com a vida mesmo, porque nada do que eu estou vivendo está fora da normalidade e cada um dá a intensidade que acha conveniente. Estou triste por muitos motivos e pronto.
Mas eu já disse que não perco a fé no amor, nem nas pessoas, e não deixo de sonhar também. Não posso permitir que me tirem essas coisas. Fico feliz de entender isso agora e de estar me devolvendo o meu universo, depois que já quase quis me desesperar e mais uma vez vi que não é a solução pros meus problemas. Problemas? Caralho, nunca tive problemas e até isso eu estou aceitando ter agora. Tá vendo o que uns dias ruins fazem com as pessoas? É, todo mundo pira... até caipira. Daqui a pouco eu vou querer acreditar que preciso entrar em depressão. Pqp, a linha da loucura é, de fato, uma linha bem tênue. E estamos todos sujeitos a ela, mas hoje não, obrigada.
Hoje eu dei mais um passo num mundo sem solução. Sim, disse a quem deveria dizer o que somente dizia ao meu ‘colo’. Foi mais uma tentativa desesperadora de dizer: ‘eeeei, não me faça ter raiva de você, porque meu amor é muito grande e não quer se transformar nisso!!!’. Mas o receptor não é tão inteligente quanto meu chefe, pra minha tristeza. Ou, simplesmente, não ta nem aí. Ele precisa ganhar o jogo em que compete sozinho. E eu me orgulho de ter dado o passo. Chorei e não me arrependo. E lá vem ela de volta a cena: minha tabua de salvação hahahah. E ao desligar o telefone com ela eu olhei pela janela e tive vontade de sorrir, mesmo sabendo que é hora de chorar e era o que eu tava fazendo. Dou tempo ao tempo e acredito que se essa merda toda veio junta, vai embora junta também. Lembrei que ontem ganhei duas partidas seguidas de ‘imagem & ação’ – uma com desenho e outra com mímica. Grrrrr, preciso cair mais fundo nessa fossa, principalmente por ter que me desfazer do jogo! Me lembrei de uma música que eu fiz pra meu primeiro grande amor que descrevia os passos que eu seguiria para esquecê-lo hahahaha. Voltei ao computador e a bandeirinha do msn levantou, recebi um email lindo (yesss!) e ele veio de la do outro lado do mundo, de um outro ex-namorado, que foi quem me ensinou a amar melhor e talvez tenha sido o homem mais importante que passou na minha vida. Email de demonstração de carinho, de notícias. E eu senti que não posso mesmo me deixar levar por aquilo que não me faz crescer. Não quero o abraço do náufrago, ele engana e te afunda. O email me fez um bem enorme e eu até me permiti sorrir alto e largo. Quero um bem danado a esse cara. A vida é muito boa comigo até quando é hora de parecer não ser. E ela segue. Eu sigo junto. Amanha a vida vai levantar e eu vou me apressar para acompanhar. Se você não anda... varanda! E eu também! Ainda vou chorar, talvez me lamentar por esses dias, ou não, sei lá. De quinta pra cá as coisas pioraram um tanto e hoje mais cedo talvez um pouco mais. Voltei à janela e vi as serras de jacobina, o cruzeiro, o dia ensolarado indo embora com suas cores lindas e tive aquela sensação antiga e romântica que eu sempre carrego comigo que diz: tem um mundo todo de braços abertos me esperando lá fora...
Vou pedir uma pizza! :D