Essa noite eu tive um pesadelo medonho. Sonhei que o mundo estava sendo invadido por seres extraindieterrenos. Nossa... foi muito assustador!!! Havia até trilha sonora, ou melhor, fundo musical no meu sonho. Não, não era a batida madura do “Cordel do fogo encantado” e nem o rock’n roll de “Death cab for cutie”. Era apenas uma música de um amigo meu, chamada “Brincar de Indie”, que me faz sentir saudade da Xuxa na minha infância e está disponível pra download no soulseek!
O mais interessante e assustador disso tudo é que esses seres não foram muito simpáticos comigo. Acho que não gostaram de mim, e eu não sabia o porque. Poxa, sou tão legalzinha... será que é porque eu não faço pose e não sou inteligentona? Só sei que no sonho, eles não me curtiram mesmo, e acho que queriam me matar porque sabiam que eu gostava de “Radiohead”.
Ah! Mas Radiohead deixou de ser indie há muito tempo, eu poderia argumentar. Já virou pop, comercial e conhecido. Eles não ouviriam... senti que era uma tentativa de resgate cultural de uma filosofia ameaçada. Não sabem dividir. E eu não conseguia entender bem o que queriam me dizer inicialmente, porque a quantidade limitada de palavras que tenho conhecimento não me permitia compreendê-los. Indies não falam de modo coloquial. Sempre usam termos pra me confundir. E adoram palavras que já caíram em desuso, afinal, são estudiosos do mundo, da arte, da cultura, da literatura e do que está na moda. Meio paradoxal isso, né? ...
O sonho começa com uma nave bizarra aterrisando bem abaixo da janela do meu quarto. Era estranho, porque ela tinha formato de filtro de barro (igual ao que tinha na casa da minha avó, no interior). Hehehehehehe... raça engraçada! Adoram coisas ultrapassadas porque remetem a uma época que eles não viveram, mas sentem saudade... isso é tão romântico!!!(e lembra qualquer coisa poética de Legião Urbana). Filtro de barro é altamente retrô. A porta da nave era na parte de cima, como se a tampa se abrisse. E repentinamente uma coisa começou a subir com aquelas criaturas fashion em cima. Essa coisa tipo elevador devia ser a vela do filtro. Hehehe. E aquilo cresceu até a minha janela (eu moro em prédio pequeno, segundo andar). Eu não estava vendo, mas como é sonho, de certa forma via a nave e todo esse processo de chegada.
Eu estava de costas, no computador, jogando paciência, bebendo coca-cola e ouvindo creep, quando virei no susto por causa de um barulho metálico qualquer e me deparei com três seres esquisitos. Talvez eles estivessem pensando que eu planejava cortar os pulsos... não mesmo! Apenas gosto de ouvir rock triste e jogar jogos bestas. E amo coca-cola!
Todos se vestiam de forma moderna, dentro de um padrão conceitual próprio. Não sei bem ao certo, mas creio que era uma garota e dois rapazes. Se é que indies de verdade tem sexo definido... querem ser andrógenos na maioria das vezes. Mas eu tirei essa precipitada conclusão pelo corte de cabelo básico da que eu suponho ser uma garotinha: reto, na altura média do pescoço, negro (óbvio) e com franjinha, claro! Era muito bela! Todos eles usavam óculos de aro grosso e possuíam radinhos que tocavam mp3 incessantemente. É acessório básico. Indies não vivem sem mp3!
Me olharam com uma cara de poucos amigos, uma mistura de alergia ao jogo paciência e de crítica, talvez pela música ou pela bebida. Mas balbuciaram algumas palavras que acredito ter sido “saudações terráquea-sem-estilo”. Invadiram meu quarto pela janela e logo estavam me dando “aula” sobre música, teatro, baladas “in”, literatura de gente inteligente, cinema e afins. O som que vinha do potente radinho deles era legal: Black Box Recorder, eu conhecia. A mulher canta muito! Finalizaram todo o processo pedagógico frisando (em palavras difíceis, claro) que eu não podia gostar, usufruir e nem freqüentar nenhuma daquelas coisas que eles citaram. Não faço parte da tribo, afinal. Minhas roupas são antiquadas e meu cabelo é sem jeito. Pô, achei que eu tava com um visual ultrapassado porém retrô, portanto, modeno... me enganei! hahahahhahahah
A aula foi legal, mas eu estava meio em pânico e isso não me permitiu aprender. Ainda mais eu que só pego no tranco e depois de algumas repetições – a famosa osmose. Mas me senti coagida. Que sonho mais doido. Enfim eles voltaram para o filtro deles e eu continuei feito estátua, chocada com tudo aquilo e me perguntando: “poxa, se eles são tão modernos, por que não compram uma nave estilo purificador de água europa???” depois concluí: essa tribo também era contemporânea de vanguarda, os “cotós” para os íntimos. A verdadeira volta aos velhos tempos. Gostam de coisas modernas e antigas. Revivem épocas utilizando um estilo visual de tempos atrás. Legal! Acordei!
Na verdade eu só sei que eram indies porque se identificaram como tal. Eu não entendo nada disso: indies, vegans, emo, straighedges... bah, acho isso tudo muito louco e confuso. Atrapalho as tribos.
Uns gostam de cultura regional, de cinema nacional, de teatro mambembe, da literatura de cordel, de Selma do coco, de acarajé, de Lampião e Maria Bonita, de documentários, de fotografia de paisagens, de mistérios do sertão, de trilhas, etc. São indies? Eu juro que não sei, mas classifico assim! Heheheeh. Outros gostam de sushi, e-music, botas de cano alto, cinema mudo, de rock alternativo, meia-calça preta, falam inglês fluente, freqüentam raves, gostam da noite, de Dostoievski, da lua e assim vai... até acho que estou errada, mas são todos indies pra mim(no conceito atual de indie). Ou será que eu estou confusa? Não sei mesmo! O grupo do meu sonho se encaixa mais com o segundo perfil. Já a galera da minha ex-faculdade é do primeiro, com certeza. Eu só sei que são todos muito maduros, alguns radicais (daqueles que não aceitam nem a opinião e nem o gosto alheio), odeiam qualquer manifestação que remeta a coisas infantis vinda de adultos, odeiam mc donald’s, casamento, coca-cola, felicidade, dentre outras coisas mais. Indie é pensativo, não pode perder tempo sorrindo com besteiras e nem conversando fiado. Queria explicações para entender melhor essas coisas.
Eu acho que esses eit’s devem estar planejando resgatar aquilo que antes pertencia ao mundo deles, e meu sonho foi um aviso. Provavelmente não irão conseguir. Muita coisa indie está virando pop e eles odeiam tudo o que passa a ser comercial. Na verdade isso já vem acontecendo antes do indie virar uma raça. Eles que não perceberam e chegaram atrasados na história do mundo moderno. Por isso eu acredito que a tendência é que eles passem odiar Radiohead, assim como Allstar, comida natureba e Wood Alen... tudo isso virou moda, fazer o que??? Eu também gosto de rock independente, de coisas antigas, de objetos retrôs, da cultura regional, do visual alternativo, e de outras coisas mais que pertencem ao mundo de gente grande. Eu só sei que no sonho eles me ameaçaram, mas agora é tarde... já virei fã!
=)
O mais interessante e assustador disso tudo é que esses seres não foram muito simpáticos comigo. Acho que não gostaram de mim, e eu não sabia o porque. Poxa, sou tão legalzinha... será que é porque eu não faço pose e não sou inteligentona? Só sei que no sonho, eles não me curtiram mesmo, e acho que queriam me matar porque sabiam que eu gostava de “Radiohead”.
Ah! Mas Radiohead deixou de ser indie há muito tempo, eu poderia argumentar. Já virou pop, comercial e conhecido. Eles não ouviriam... senti que era uma tentativa de resgate cultural de uma filosofia ameaçada. Não sabem dividir. E eu não conseguia entender bem o que queriam me dizer inicialmente, porque a quantidade limitada de palavras que tenho conhecimento não me permitia compreendê-los. Indies não falam de modo coloquial. Sempre usam termos pra me confundir. E adoram palavras que já caíram em desuso, afinal, são estudiosos do mundo, da arte, da cultura, da literatura e do que está na moda. Meio paradoxal isso, né? ...
O sonho começa com uma nave bizarra aterrisando bem abaixo da janela do meu quarto. Era estranho, porque ela tinha formato de filtro de barro (igual ao que tinha na casa da minha avó, no interior). Hehehehehehe... raça engraçada! Adoram coisas ultrapassadas porque remetem a uma época que eles não viveram, mas sentem saudade... isso é tão romântico!!!(e lembra qualquer coisa poética de Legião Urbana). Filtro de barro é altamente retrô. A porta da nave era na parte de cima, como se a tampa se abrisse. E repentinamente uma coisa começou a subir com aquelas criaturas fashion em cima. Essa coisa tipo elevador devia ser a vela do filtro. Hehehe. E aquilo cresceu até a minha janela (eu moro em prédio pequeno, segundo andar). Eu não estava vendo, mas como é sonho, de certa forma via a nave e todo esse processo de chegada.
Eu estava de costas, no computador, jogando paciência, bebendo coca-cola e ouvindo creep, quando virei no susto por causa de um barulho metálico qualquer e me deparei com três seres esquisitos. Talvez eles estivessem pensando que eu planejava cortar os pulsos... não mesmo! Apenas gosto de ouvir rock triste e jogar jogos bestas. E amo coca-cola!
Todos se vestiam de forma moderna, dentro de um padrão conceitual próprio. Não sei bem ao certo, mas creio que era uma garota e dois rapazes. Se é que indies de verdade tem sexo definido... querem ser andrógenos na maioria das vezes. Mas eu tirei essa precipitada conclusão pelo corte de cabelo básico da que eu suponho ser uma garotinha: reto, na altura média do pescoço, negro (óbvio) e com franjinha, claro! Era muito bela! Todos eles usavam óculos de aro grosso e possuíam radinhos que tocavam mp3 incessantemente. É acessório básico. Indies não vivem sem mp3!
Me olharam com uma cara de poucos amigos, uma mistura de alergia ao jogo paciência e de crítica, talvez pela música ou pela bebida. Mas balbuciaram algumas palavras que acredito ter sido “saudações terráquea-sem-estilo”. Invadiram meu quarto pela janela e logo estavam me dando “aula” sobre música, teatro, baladas “in”, literatura de gente inteligente, cinema e afins. O som que vinha do potente radinho deles era legal: Black Box Recorder, eu conhecia. A mulher canta muito! Finalizaram todo o processo pedagógico frisando (em palavras difíceis, claro) que eu não podia gostar, usufruir e nem freqüentar nenhuma daquelas coisas que eles citaram. Não faço parte da tribo, afinal. Minhas roupas são antiquadas e meu cabelo é sem jeito. Pô, achei que eu tava com um visual ultrapassado porém retrô, portanto, modeno... me enganei! hahahahhahahah
A aula foi legal, mas eu estava meio em pânico e isso não me permitiu aprender. Ainda mais eu que só pego no tranco e depois de algumas repetições – a famosa osmose. Mas me senti coagida. Que sonho mais doido. Enfim eles voltaram para o filtro deles e eu continuei feito estátua, chocada com tudo aquilo e me perguntando: “poxa, se eles são tão modernos, por que não compram uma nave estilo purificador de água europa???” depois concluí: essa tribo também era contemporânea de vanguarda, os “cotós” para os íntimos. A verdadeira volta aos velhos tempos. Gostam de coisas modernas e antigas. Revivem épocas utilizando um estilo visual de tempos atrás. Legal! Acordei!
Na verdade eu só sei que eram indies porque se identificaram como tal. Eu não entendo nada disso: indies, vegans, emo, straighedges... bah, acho isso tudo muito louco e confuso. Atrapalho as tribos.
Uns gostam de cultura regional, de cinema nacional, de teatro mambembe, da literatura de cordel, de Selma do coco, de acarajé, de Lampião e Maria Bonita, de documentários, de fotografia de paisagens, de mistérios do sertão, de trilhas, etc. São indies? Eu juro que não sei, mas classifico assim! Heheheeh. Outros gostam de sushi, e-music, botas de cano alto, cinema mudo, de rock alternativo, meia-calça preta, falam inglês fluente, freqüentam raves, gostam da noite, de Dostoievski, da lua e assim vai... até acho que estou errada, mas são todos indies pra mim(no conceito atual de indie). Ou será que eu estou confusa? Não sei mesmo! O grupo do meu sonho se encaixa mais com o segundo perfil. Já a galera da minha ex-faculdade é do primeiro, com certeza. Eu só sei que são todos muito maduros, alguns radicais (daqueles que não aceitam nem a opinião e nem o gosto alheio), odeiam qualquer manifestação que remeta a coisas infantis vinda de adultos, odeiam mc donald’s, casamento, coca-cola, felicidade, dentre outras coisas mais. Indie é pensativo, não pode perder tempo sorrindo com besteiras e nem conversando fiado. Queria explicações para entender melhor essas coisas.
Eu acho que esses eit’s devem estar planejando resgatar aquilo que antes pertencia ao mundo deles, e meu sonho foi um aviso. Provavelmente não irão conseguir. Muita coisa indie está virando pop e eles odeiam tudo o que passa a ser comercial. Na verdade isso já vem acontecendo antes do indie virar uma raça. Eles que não perceberam e chegaram atrasados na história do mundo moderno. Por isso eu acredito que a tendência é que eles passem odiar Radiohead, assim como Allstar, comida natureba e Wood Alen... tudo isso virou moda, fazer o que??? Eu também gosto de rock independente, de coisas antigas, de objetos retrôs, da cultura regional, do visual alternativo, e de outras coisas mais que pertencem ao mundo de gente grande. Eu só sei que no sonho eles me ameaçaram, mas agora é tarde... já virei fã!
=)