26.10.04

Eu pago pau pra Los Hermanos. E assumo! Mas pago ainda mais pros meus amigos

Eu sempre disse que não curtia blogs em forma de diário. Minha intenção quando criei esse, era registrar meus pensamentos abstratos e não falar do dia-a-dia, citando nomes e transformando ele numa agenda. Mas tive que rever isso...
Ontem foi um dia muito doido. Fiquei pensando numa conversa que eu tive com a namorada de um amigo meu em relação aos textos desse blog. Isso me deixou confusa. É muito estranho saber que as coisas que eu escrevi (que pra mim não passam de viagens e teorias malucas) causam um certo efeito em alguém. Mas o mais interessante é que, o que ela me falou causou um impacto grande em mim, com sensações variadas que vão desde um senso de responsabilidade pelo que escrevo, até a gratidão por quem entende, passando é claro, pelo medo, pelo susto e pela dúvida. Fiquei preocupada, emocionada e feliz.
Enquanto pensava em tudo isso, continuava ansiosa para ver o show de uma banda que eu adoro. É foda assumir isso, mesmo porque odeio fanatismo e tietagem, além de não me encaixar nesse perfil. Mas eu pago pau pra Los Hermanos! O mais chato é que é quase impossível descrever a sensação que a banda me provoca, sem parecer uma relação de fã exagerada. E não é. Eu só sei que eles são bons. São poetas fantásticos e músicos geniais. Além de tudo isso, tem Amarante, que é vesgo!!! Amo! Eu o acho vesgo e pronto! <3
O show foi lindo, redondo, sem erros. Eu fiquei extasiada, cantei, pulei, vibrei e me emocionei. Também parei do nada e me peguei pensando: será que eles são do jeito que as músicas deles me fazem pensar que eles são??? Não importa. Na verdade não são eles e sim o que representam, que faz a diferença. São pessoas normais e que escrevem belas letras, por isso, passíveis de erros, dificuldades e inseguranças. E realmente são capazes de emocionar. Achei que na hora que fosse tocar “Fingi na hora rir”, eu fosse chorar (hehehe), mas eles não tocaram. Pensei o mesmo quando fosse rolar “Último romance”, mas, apesar de linda, não me fez chorar. Mas no meio do show, quando começou “A outra”, meu olho encheu de água. Eu sempre gostei dessa música, mas só dessa vez ela me fez bambear e eu não entendo o porque. Na verdade eu sei, acho que é porque ela me fez lembrar do amor e eu ganhei um abraço amigo, que me pareceu sincero, por ter feito uma declaração. Demonstração de carinho que a música me proporcionou. Isso fez com que eu me indagasse: será que eles sentem essa sensação de espanto e responsabilidade com o que a música deles pode proporcionar em alguém? Hehehe. Talvez. Eu sei que é mais uma viagem louca, mas ontem eu dormi com um nó na cabeça.
Os gritos do público e o fato da banda estar virando mania me incomodam um pouco. Sei lá, mas tinha muita gente ali que não curte rock, não tem noção do que é uma música bem feita e passam a impressão de terem decorado todo o cd só para gritar as músicas dos novos queridinhos da mídia. Posso até estar falando besteira, mesmo porque, sem dúvida, é genial para a banda ver a casa cheia, independente se estão ali porque gostam ou porque a tv está elogiando. Mas eu sei que o fato deles estarem virando seres idealizados e provocadores de histeria me deixa um pouco chateada. É quase um ciúme, talvez por ter a ousadia de achar que gosto mais que muita gente que estava ali se descabelando. E eu lá, apenas admirando. Hehehehe ridículo, concordo. Mas não importa, são as minhas viagens.
Eu sei é que estava lotado e foi excepcional pra mim, mais uma vez! =D Depois de Los Hermanos começou Scambo. Tipo, a banda mudou pra caramba desde a época que eu vi. Quando entraram no palco com o vocalista performático e suas versões com arranjos indiscutíveis eu vi que a Bahia não dá valor ao que tem. Os caras são rock. É excelente! Eu prefiro o tipo de letra e som que Los Hermanos fazem, mas em termos de profissionalismo, a Scambo não deixa nada a desejar. E sem dúvidas eles passam pra alguém a emoção que Amarante e Camelo (juntamente com a banda, claro) passam pra mim. Resumindo: foi um dinheiro muito bem empregado.
Depois do show fui parar no Rio Vermelho com um casal de amigos que eu amo. Caramba, que coisa louca! Normalmente eu não faria isso... sair de “vela”, mas tive vontade de ir. Paramos no bom e velho Nhô Caldos. E depois de estarmos sentados e com a cerveja a caminho, num estalo, resolveu-se mudar de bar. Fomos para o beco do França e... quem lá estava, sentado com amigos, bebendo e comendo como uma pessoa normal? Quem? Amarante! Lindo! Vesguinho! Aiai (suspiros) <3
Não conseguia manter a concentração em mais nada. Fiquei tensa, roí as unhas, comi amendoins freneticamente, mas não levantei do lugar. Odeio incomodar. E além de tudo, não iria conseguir passar pra ele o que eu acho sem parecer mais uma fã, e isso não me deixaria realizada. Na verdade eu poderia dizer: - oi, adoro o trabalho de vocês, curti o show, foi muito legal! --- Mas, e daí? Isso ele sabe e teve a certeza com o entusiasmo da galera lá.
Na verdade o que eu acho da banda não é nada demais: eles são bons pra caramba, tem letras lindas e que me dizem alguma coisa. Mas o que importa isso? É totalmente sem exageros... Então é sem graça! O fato é que é sincero. E isso sim, pra mim, tem importância. Eu não estava no show porque eles são famosos e sim porque eles me emocionam. Acho isso profundo e importante. Sei lá, tô viajando, mas aquela histeria toda no show me incomodou. =/
Coloquei essas idéias na mesa com meus amigos e isso gerou uma conversa extremamente excitante. Enquanto debatíamos, eu observava as pessoas pedindo autógrafos e tirando fotos com Amarante na mesa da frente. Como será que ele reagiria se ouvisse de alguém que depois de ler com atenção o que ele escreve, passou a gostar mais dele??? Me soa forte demais. Ele já deve ter ouvido, né? Isso engrandece e causa perplexidade para mim. Queria saber a reação dele... mas não, não era o que eu falaria pra ele. Foi apenas um pensamento relembrando a conversa com a namorada do meu amigo.
O papo na mesa ia ficando cada vez mais polêmico e interessante e eu ia ficando cada vez menos distraída com a presença de Amarante ali. Ele foi no banheiro. Opa! Era a hora! Podia parar e falar com ele... mas, o que? Era apenas um cara normal que provavelmente sente vontade de fazer pipi e não iria entender o que eu queria dizer. Então melhor ficar calada e cada vez mais expondo minhas idéias na mesa. Relação fã-ídolo, importâncias de vida, bandas, som, internet, amizade, crítica, gentileza, sensibilidade, convivência, cuidado, foram temas abordados, onde falamos o que achávamos disso tudo com o coração aberto. Talvez eu nunca tenha me exposto tanto numa mesa de bar, e isso me surpreendeu.
Minha cabeça deu um nó! Conversamos muito e foi legal. Eu acreditava que eram meus amigos que estavam ali e isso me tranqüilizava. Me sentia segura até quando o tema da vez era insegurança, dúvidas e medos. Percebi ainda mais que às vezes sou intransigente. Sei que tenho uma personalidade difícil e muitas vezes não dou opiniões porque elas tendem a virar polêmicas (isso inclusive foi comprovado num pedaço de mapa-astral que esse amigo me deu hehehehehe). Mas foi válido, divertido e muito proveitoso. Ah, e foi muito bom falar sobre música também. O mais interessante é que tinham “representantes” de três bandas do rock baiano (hehehehehe). Isso foi engraçado. Falamos de sonhos, oportunidades, do cenário, da Los Canos, Vinil 69, A Grande Abóbora, Los Hermanos, das bandas em geral, do sentimento que todas passam, das emoções, dos integrantes... opa! Cadê Amarante??? Foi embora que eu nem vi... =/ hehehehehe
Caramba... duas e meia da manhã. Era hora de ir pra casa. Eu estava ainda com um nó na cabeça causado por tudo isso, causado pela conversa, causado pelo show, causado pelo meu dia. Mas esse nó já não doía... nem sempre eu tenho as teorias e as idéias prontas. É sempre bom ter algo pra organizar!
=D

1.10.04

Fernanda X Homens...

Esses dias um colega meu me perguntou o que um garoto precisa ter para me conquistar e me levar pro altar. Hauhauhuahuahuah. Pro altar foi foda! Mas confesso que ele me pegou de surpresa. Não estava esperando essa indagação. Respondi o básico: “pra me atrair tem que ser bom-caráter, leal, bem-humorado, ser simpático com as pessoas, bla bla bla. Mas para me levar pro altar precisa ter mais que isso, com certeza”. Eu não soube responder a essa parte naquele momento. E quando cheguei em casa, pensei sobre isso, e, claro, formulei mais uma das minhas teorias! \o/ yeah! Hehehehehe. Então para mim, um relacionamento só funciona quando tem amor, responsabilidade e transformação.
Pra começar, eu acredito que o amor (esse tipo de amor) só existe quando se conhece. E para conhecer, é preciso conviver, caminhar junto e compartilhar. E isso com certeza não é algo que aconteça em um mês ou dois, a não ser em casos atípicos (aí já é uma parada de energia...). As pessoas banalizaram o “eu te amo” de uma tal forma, que ele se tornou “desacreditável”. Pronunciar essa frase tem se tornado um supersimples clichê, afinal, são só três palavrinhas pequenas. É patético. Cada dia mais as pessoas tendem a passar a responsabilidade da sua felicidade pessoal para o outro, simplesmente porque “ama”. É por isso que o mundo está cheio de relacionamentos doentios e crimes passionais.
Para me levar pro altar ou para um relacionamento mais sério apenas (assim é melhor, hehehehe) é preciso estar disposto a me conhecer e, se achar válido, me amar como eu sou. E isso significa acrescentar na minha vida.
Amar significa poder até viver bem sem a pessoa se já não se consegue fazê-la feliz. É deixar o outro livre e aceitar suas escolhas por mais que isso doa. Amar é querer bem, é apoiar, é ser inteligente pra perceber que o outro precisa de um momento sozinho, é aliar-se, é não continuar com alguma coisa quando percebe que está perturbando, é ser parceiro em todas as horas, é ter admiração, é não pronunciar palavras que deprimem e baixam a estima, é ser positivo, é perdoar, é ajudar e incentivar na batalha pelas conquistas, é entender, é ser leal, é estar presente mesmo quando o momento não pede palavras, é ser digno de confiança, é ser grato por também ser amado e muito mais. Para mim, esse é o tipo de amor (que deve ser mútuo), para se construir um relacionamento.
Depois do amor, tem outro ponto fundamental para se levar adiante uma vida a dois: responsabilidade! Ser responsável (nesse caso) é ter respeito, que é um dos alicerces que sustentam qualquer tipo de relação. Ser responsável é ser sensível a ponto de poder responder pelo outro, porque se conhece. É acreditar, é ser recíproco, é entender quando o outro não está num dia legal, é ter consciência de que tem alguém esperando notícias. Ser responsável é cuidar! Quem ama, cuida!
E por fim, transformar, que é ter sabedoria para reciclar algo quando este não está mais dando resultados. É saber ceder e mudar quando realmente é necessário, sem ter aquela teoria medíocre que diz “me-aceite-do-meu-jeito-sou-assim-e-pronto”. Mudar não é vergonha pra quem pensa. Ninguém é perfeito e viver em conjunto requer melhorias pessoais e jogo de cintura sempre. A transformação sugere mudanças e atitudes. Taí, é isso que eu admiro num homem: a atitude! Aquele que sabe resolver os problemas, que sabe conversar, que não tem o infeliz pensamento de que o outro deve adivinhar as coisas, que sabe se fazer presente e indispensável (mesmo no fundo sabendo que não é), que sabe ser delicado, que não fica disputando espaço nem talento, que quando quer dá um jeito!
Uma relação pra mim, se define em soma. Isso porque sei que sou eu a única pessoa capaz de me fazer feliz. Por tudo isso eu sei que ter alguém ao meu lado é uma questão de escolha e não de necessidade. Mas sem dúvida essa “pessoa” tem de corresponder ao que espero. E eu a ele também, para que a vida a dois possa fluir.
Um verdadeiro homem, pra mim, não dá desculpinhas, se vira quando tem que resolver algo, ele busca o que quer, luta, não deixa que se perca a admiração por ele, tem atitude, ou seja, é um homem! Isso serve para mulheres também. Um lutando pelo outro e assim seguirem, construindo juntos uma vida só, porém sem perder a individualidade.
De moleque o mundo está cheio. Um monte de gatinhos legais, gostosinhos, que pra quem curte, são até interessantes pra dar beijo na boca. Bléeee! Eu acho isso tudo tão sem graça muitas vezes... afinal, passei da adolescência. Tem que haver um mínimo de entrosamento.Gosto de coisas e pessoas que valham a pena. E isso me faz acreditar que eu não ando perdendo meu tempo (em se tratando de envolvimentos, porque eu adoro perder tempo conversar fiado no dia-a-dia, com todo mundo).
O relacionamento deve ser tratado com uma pessoa a parte. Tem de estar saudável, feliz. Muitas vezes encontramos a pessoa ideal, mas não conseguimos construir com ela o relacionamento ideal. É normal, e pra mim, nesse caso, é melhor amar a distância. Isso não é sinônimo de sofrimento. Saber amar (e fazê-lo) implica em felicidade. Para amar eu não preciso de reciprocidade, sei amar sozinha. Mas para conviver é necessário o bom e velho “bate-e-volta”, senão a energia não flui.
Infelizmente os exemplos de “homem” que eu conheço ou são muito amigos ou não rolou interesse. Hehehehehe. Mas a vida é isso, uma eterna surpresa, e a cada dia mais pessoas conquistam a minha admiração. Isso me deixa feliz e me faz não perder a esperança de desencalhar um dia! Uhauhauhauhauhauha. Votem em mim!
=D

23.9.04

A ameaça dos eit's

Essa noite eu tive um pesadelo medonho. Sonhei que o mundo estava sendo invadido por seres extraindieterrenos. Nossa... foi muito assustador!!! Havia até trilha sonora, ou melhor, fundo musical no meu sonho. Não, não era a batida madura do “Cordel do fogo encantado” e nem o rock’n roll de “Death cab for cutie”. Era apenas uma música de um amigo meu, chamada “Brincar de Indie”, que me faz sentir saudade da Xuxa na minha infância e está disponível pra download no soulseek!
O mais interessante e assustador disso tudo é que esses seres não foram muito simpáticos comigo. Acho que não gostaram de mim, e eu não sabia o porque. Poxa, sou tão legalzinha... será que é porque eu não faço pose e não sou inteligentona? Só sei que no sonho, eles não me curtiram mesmo, e acho que queriam me matar porque sabiam que eu gostava de “Radiohead”.
Ah! Mas Radiohead deixou de ser indie há muito tempo, eu poderia argumentar. Já virou pop, comercial e conhecido. Eles não ouviriam... senti que era uma tentativa de resgate cultural de uma filosofia ameaçada. Não sabem dividir. E eu não conseguia entender bem o que queriam me dizer inicialmente, porque a quantidade limitada de palavras que tenho conhecimento não me permitia compreendê-los. Indies não falam de modo coloquial. Sempre usam termos pra me confundir. E adoram palavras que já caíram em desuso, afinal, são estudiosos do mundo, da arte, da cultura, da literatura e do que está na moda. Meio paradoxal isso, né? ...
O sonho começa com uma nave bizarra aterrisando bem abaixo da janela do meu quarto. Era estranho, porque ela tinha formato de filtro de barro (igual ao que tinha na casa da minha avó, no interior). Hehehehehehe... raça engraçada! Adoram coisas ultrapassadas porque remetem a uma época que eles não viveram, mas sentem saudade... isso é tão romântico!!!(e lembra qualquer coisa poética de Legião Urbana). Filtro de barro é altamente retrô. A porta da nave era na parte de cima, como se a tampa se abrisse. E repentinamente uma coisa começou a subir com aquelas criaturas fashion em cima. Essa coisa tipo elevador devia ser a vela do filtro. Hehehe. E aquilo cresceu até a minha janela (eu moro em prédio pequeno, segundo andar). Eu não estava vendo, mas como é sonho, de certa forma via a nave e todo esse processo de chegada.
Eu estava de costas, no computador, jogando paciência, bebendo coca-cola e ouvindo creep, quando virei no susto por causa de um barulho metálico qualquer e me deparei com três seres esquisitos. Talvez eles estivessem pensando que eu planejava cortar os pulsos... não mesmo! Apenas gosto de ouvir rock triste e jogar jogos bestas. E amo coca-cola!
Todos se vestiam de forma moderna, dentro de um padrão conceitual próprio. Não sei bem ao certo, mas creio que era uma garota e dois rapazes. Se é que indies de verdade tem sexo definido... querem ser andrógenos na maioria das vezes. Mas eu tirei essa precipitada conclusão pelo corte de cabelo básico da que eu suponho ser uma garotinha: reto, na altura média do pescoço, negro (óbvio) e com franjinha, claro! Era muito bela! Todos eles usavam óculos de aro grosso e possuíam radinhos que tocavam mp3 incessantemente. É acessório básico. Indies não vivem sem mp3!
Me olharam com uma cara de poucos amigos, uma mistura de alergia ao jogo paciência e de crítica, talvez pela música ou pela bebida. Mas balbuciaram algumas palavras que acredito ter sido “saudações terráquea-sem-estilo”. Invadiram meu quarto pela janela e logo estavam me dando “aula” sobre música, teatro, baladas “in”, literatura de gente inteligente, cinema e afins. O som que vinha do potente radinho deles era legal: Black Box Recorder, eu conhecia. A mulher canta muito! Finalizaram todo o processo pedagógico frisando (em palavras difíceis, claro) que eu não podia gostar, usufruir e nem freqüentar nenhuma daquelas coisas que eles citaram. Não faço parte da tribo, afinal. Minhas roupas são antiquadas e meu cabelo é sem jeito. Pô, achei que eu tava com um visual ultrapassado porém retrô, portanto, modeno... me enganei! hahahahhahahah
A aula foi legal, mas eu estava meio em pânico e isso não me permitiu aprender. Ainda mais eu que só pego no tranco e depois de algumas repetições – a famosa osmose. Mas me senti coagida. Que sonho mais doido. Enfim eles voltaram para o filtro deles e eu continuei feito estátua, chocada com tudo aquilo e me perguntando: “poxa, se eles são tão modernos, por que não compram uma nave estilo purificador de água europa???” depois concluí: essa tribo também era contemporânea de vanguarda, os “cotós” para os íntimos. A verdadeira volta aos velhos tempos. Gostam de coisas modernas e antigas. Revivem épocas utilizando um estilo visual de tempos atrás. Legal! Acordei!
Na verdade eu só sei que eram indies porque se identificaram como tal. Eu não entendo nada disso: indies, vegans, emo, straighedges... bah, acho isso tudo muito louco e confuso. Atrapalho as tribos.
Uns gostam de cultura regional, de cinema nacional, de teatro mambembe, da literatura de cordel, de Selma do coco, de acarajé, de Lampião e Maria Bonita, de documentários, de fotografia de paisagens, de mistérios do sertão, de trilhas, etc. São indies? Eu juro que não sei, mas classifico assim! Heheheeh. Outros gostam de sushi, e-music, botas de cano alto, cinema mudo, de rock alternativo, meia-calça preta, falam inglês fluente, freqüentam raves, gostam da noite, de Dostoievski, da lua e assim vai... até acho que estou errada, mas são todos indies pra mim(no conceito atual de indie). Ou será que eu estou confusa? Não sei mesmo! O grupo do meu sonho se encaixa mais com o segundo perfil. Já a galera da minha ex-faculdade é do primeiro, com certeza. Eu só sei que são todos muito maduros, alguns radicais (daqueles que não aceitam nem a opinião e nem o gosto alheio), odeiam qualquer manifestação que remeta a coisas infantis vinda de adultos, odeiam mc donald’s, casamento, coca-cola, felicidade, dentre outras coisas mais. Indie é pensativo, não pode perder tempo sorrindo com besteiras e nem conversando fiado. Queria explicações para entender melhor essas coisas.
Eu acho que esses eit’s devem estar planejando resgatar aquilo que antes pertencia ao mundo deles, e meu sonho foi um aviso. Provavelmente não irão conseguir. Muita coisa indie está virando pop e eles odeiam tudo o que passa a ser comercial. Na verdade isso já vem acontecendo antes do indie virar uma raça. Eles que não perceberam e chegaram atrasados na história do mundo moderno. Por isso eu acredito que a tendência é que eles passem odiar Radiohead, assim como Allstar, comida natureba e Wood Alen... tudo isso virou moda, fazer o que??? Eu também gosto de rock independente, de coisas antigas, de objetos retrôs, da cultura regional, do visual alternativo, e de outras coisas mais que pertencem ao mundo de gente grande. Eu só sei que no sonho eles me ameaçaram, mas agora é tarde... já virei fã!
=)

19.9.04

Lembranças inoportunas de um trauma de infância

Estava me lembrando agora de uma cena muito lamentável da minha vida. Uma dessas que não se conta pra ninguém...
Quando eu tinha 09 anos de idade, me vi completamente apaixonada pelo meu vizinho de 11. Ai, o amor!!! Ele era tão enigmático, charmoso e relativamente sem-graça, que eu me vi obrigada a amá-lo de forma desesperada aos 09 anos de idade. Além de tudo isso, ele tinha algo no olhar que me atraia muito e me fazia perder a cabeça... era vesgo! Puts! Eu tenho verdadeira tara por vesgos. Ou seja: ele era o “homem” da minha vida naquela época (atualmente é o repórter do Pânico na TV).
O fato de ser meu primeiro amor dificultou em tudo o processo de paquera. Não sabia realmente como agir para chamar sua atenção. Mesmo porque nessa fase, garotos e garotas são inimigos mortais. Até que minha amiga, num súbito estalo de inteligência, teve uma idéia genial: fazer caminhada debaixo da janela dele. E lá fomos nós de manhã cedo.
Hoje eu acredito que não deveria estar muito bela com aquela bermuda de cóton aos 09 anos de idade. Eu parecia uma gazelinha. Só tinha joelho e orelha. Ainda mais com o corte de cabelo estilo “chitãozinho e xororó anos 80” que minha mãe insistia em manter na minha cabeça. Era ela mesma quem cortava meu cabelo (acho que ela não me amava muito naquela época... ou será que ela era contra o meu romance e queria me deixar menos interessante??? Hehehehe).
Sim, voltando ao assunto: eu e minha amiga começamos a corridinha e a fazer um pouquinho de barulho para chamar a atenção dele, até que ele apareceu na janela (morava no segundo andar). Ele permaneceu lá, observando a nossa malhação.
Meu coração disparou e, junto com ele, as minhas pernas. Fiquei tensa e corria cada vez mais rápido. Minha amiga começou a ficar cansada e eu continuava, mais veloz que um carro de fórmula 1. Até que resolvi olhar pra janela pra ver se ele continuava lá presenciando a minha performance atlética. E estava! E... que merda! Olhei bem na hora que tinha uma casca de banana na minha frente. Foi uma queda sinistra! Eu sou a única pessoa que eu conheço que escorregou numa casca de banana. E num momento de fundamental importância para a minha vida emocional.
É serio, escorregar em casca de banana até então era coisa de desenho animado pra mim. É algo tão comentado mas eu não conheço vários casos. Aliás, nesse momento, só lembro do meu! Talvez outras pessoas tenham caído dessa forma, mas é tão abominável que ninguém conta, né? =(
Foi muito constrangedor! Não olhei pra ele, claro, mesmo porque eu já estava ouvindo as suas risadas na janela. Hehehehehe. Eu acho errado isso! Não sei quem ria mais, ele ou minha amiga. Tá, concordo que deve ter sido engraçado, mas precisava ser na frente do meu amor?
Isso serviu para me ensinar coisas fundamentais na minha vida. Por exemplo, já se passaram 15 anos e até hoje eu sei que não devo correr e paquerar ao mesmo tempo. Já senti na pele (e feio) que não dá certo.
Muita coisa mudou. Acho que ainda fiquei apaixonada por ele algum tempo, mas acabou. Ah, tomei providências com o meu cabelo (até tirei da parede do quarto a foto que relatava de forma incrível essa época de desleixo da minha mamãe para com a minha pessoa! Hehehe). Minhas orelhas que ficavam expostas naquela época (e que se machucaram bastante com a queda), hoje estão cobertas pelo meu cabelo. A queda foi muito bizarra. Eu caí de lado, rolei e ainda bati o queixo no chão. A minha língua estava entre os dentes e cortou feito uma guilhotina... ah, e eu também engordei mais com a adolescência, disfarçando assim o joelho grande! Devo ter melhorado, apesar de ainda ser estabanada e me achar a mesma cara!
A única coisa que preservo com toda certeza, é a minha paixão por vesguinhos...
<3

16.9.04

Seção auto-ajuda: terorias malucas sobre o que é felicidade para uma garota como eu

Falar sobre isso me deixa definitivamente confusa! Mesmo porque as poucas tentativas que fiz tentando explicar aos amigos o que significa “ser feliz” pra mim, não foram bem compreendidas ou aceitas. Mas é isso mesmo. Cada pessoa é um mundo e cada mundo tem seu ponto-de-vista, já dizia a minha mãe. Mesmo assim eu vou tentar colocar aqui o porque de eu acreditar que sou realmente feliz.
Pra mim, está no fato d’eu olhar o mundo com olhos de criança, com cores, com sons. É ver as coisas não só pelo que elas são, mas também pelo que elas significam como um todo. É muito simples as pessoas mirarem o próprio umbigo e lamentarem um “ai, eu sou tão infeliz”. Isso é fácil quando se tem uma visão simplista e limitada do universo. O que eu acredito é que faço parte de um todo e que meu estado de espírito pode interferir momentaneamente na minha vida (e na de pessoas próximas), mas ele é apenas uma parte desse todo. Felicidade é algo muito superior a isso tudo. É transcendental (se isso significar o que eu acho que significa...) e não pode ser visto como um sentimento egoísta e particular.
Eu sei que estou viajando aqui, mas meu blog é pra isso. Essa é a real finalidade dele. São as minhas idéias, as teorias que eu construo conversando com os outros e observando minha vida. Só lê quem quer (e eu já sei que mais de uma pessoa leu meu post anterior!!!!) viva!!!!!!!!!!!!! \o/
Então é isso! Eu olho o mundo e tudo que faz parte dele como uma coisa só. Se algo não está andando da forma que eu desejo, fico de mau-humor, de baixo-astral e até triste, mas infeliz não! Esses sentimentos que deprimem sim, fazem parte do cotidiano corriqueiro e devem ser transitórios, é só a gente se esforçar pra isso. A felicidade está acima, em outro nível, e existe mesmo quando não estamos afim de aceitá-la naquele momento. Dizer ser infeliz é muito pesado. Dá arrepios. Fase ruim, tudo bem, é normal.
Eu me considero feliz porque tenho consciência de que posso ser e quero. Não é aquele papo de “eu ando, eu vejo, tenho casa, comida, pais que me amam... tem tanta gente que não tem nada disso, blá blá blá...” bléeee, não é isso!! Eu sou feliz porque gosto de analisar o que as coisas representam não só pra mim, mas para o mundo como um conjunto. E assim não perco tempo degradando algo que não me é significativo, mas que é muito para outros (só faço esse tipo de coisa quando estou conversando fiado porque falar mal é natural dos seres humanos, hahahaha).
Por exemplo (eu sei que é uma viagem doida): eu não sou fã de chocolates. Mas adoro a sua existência e o que ele representa (de forma positiva) para quem gosta. Tipo, chocolate pode traduzir o sorriso de uma criança, o controle da ansiedade do adolescente com espinhas, a satisfação do adulto, o desejo de uma mulher grávida, a saciedade de alguém. Ou seja: coisas legais que fazem muita gente sorrir. O lado negativo disso tudo não importa. Só serve pra deprimir seus adoradores. Eu não vou gastar minha energia para finalidades pequenas como odiar o chocolate só porque ele pode dar dor de barriga em alguém ou porque eu não gosto muito. Não sou nem um pouco chocólatra, mas adoro o fato dele existir para o mundo.
Porra! Eu sei que eu viajo, mas isso é problema meu! Hehehehe. Filosofar sobre chocolates... ai ai! Mas o mesmo acontece com palhaços. Eu adoro!!! Eles são tão incompreendidos... estão ali tentando de alguma forma fazer a gente sorrir (eu me refiro aos palhaços de verdade), e ainda tem gente que se dá ao trabalho de abominá-los. Bah. Vê se eu vou me preocupar em difamar palhaços só porque um deles não conseguiu me divertir. Não existe isso. Ou será que eu não estava suscetível à diversão? Hahahaha. Só gasto energia voluntária com coisas legais! Mesmo porque tem muita coisa ruim e deprimente no mundo que me suga sem que eu possa controlar. Então o que me sobra, devo aproveitar bem. :)
Palhaços são legais! E eu poderia dar vários outros exemplos: computador, televisão, sorvete, rock, pipoca, matemática, tecnologia, jujuba, avião, algodão-doce, zoológico, desenho animado, perfumes, animais, os peruanos que ficam tocando flauta na pracinha, ursos de pelúcia, pagode, circo, trovões, frango assado na televisão de cachorro, lista telefônica, parque de diversões, frio, carnaval, etc. Eu não utilizo muitas dessas coisas (não sou fã de picolé a qualquer hora, nem de música gospel e nem de macarronada, por exemplo), mas sei que isso são coisas que agradam a outras pessoas. O mundo não gira ao meu redor. Então, se eu tiver de mau-humor e o almoço da minha casa for frango assado, a sobremesa for sorvete e o vizinho estiver ouvindo música sertaneja nas alturas, eu provavelmente vou ficar baixo-astral e sem saco, porque também tenho dias ruins. Mas daí a achar que o mundo me odeia e que eu sou infeliz por causa disso é uma longa estrada. Se eu tiver de bom-humor nada disso vai me abalar, pelo contrário, posso até achar divertido. Até mesmo porque eu sei que eu abuso com rock’n roll altão, sei que se eu estiver no clima e com amigos legais eu vou num show de pagode (vou dançar e me divertir muito), e que tem dias que tudo o que mais quero é sorvete de ameixa com coco-verde! Hummm! Tudo na minha vida depende da circunstância que eu estou vivendo, como eu disse no post anterior.
Tá dando pra entender meu conceito maluco sobre felicidade? (se é que tem alguém lendo isso...). É isso, eu acho que ela está acima disso tudo, em outro patamar, porém entre nós de certa forma. Ou seja: é alcançável. Eu não a enxergo como um sentimento de momento, proporcionado por pequenas alegrias. É normal ficar vulnerável, de mau-humor, baixo-astral e até tristinho. Mas isso passa, é só querer.
Eu me considero mega, extra, turbo, hiper-feliz! \o/. Tem dias que não quero ver ninguém, tem coisas que ainda me faltam para estar 100% realizada, tem gente que me chateia muito, tem vezes que estou até deprimida por lances de dentro de casa, tem sentimentos que ainda me provocam muita raiva, mas tudo isso vai embora e eu acabo voltando a sorrir. Porque eu gosto, porque é o natural e porque eu sou feliz. Hahaha, não, eu não estou querendo convencer ninguém... é que tudo sempre se encaixa! *ui*
Quando eu estiver totalmente realizada na vida, meu estado de espírito já vai ser outro. E cada vez menos coisas irão me atingir. É o progresso! Hehehe. Porém outras dificuldades surgirão e outros desejos também, provocando novos conflitos e ansiedades. Normal! Hoje, muitas coisas que ontem me baqueavam, me fazem rir. É a vida, a evolução.
E assim eu vou, tentando quem sabe no futuro, ser uma escritora de auto-ajuda, e ter meus livros expostos nas feiras mundiais de luta pelo melhoramento do ser humano, pela paz, pelo fim das guerras, pela busca do bem-estar, pela energia cósmica transcendental que move o planeta. Quem sabe não vou psicografar filosofias de vida dos antigos pensadores chineses. Hauahuhauhauhauhauhauhuah. Brincadeira! Minha intenção era só entender melhor essa minha teoria e escrever ajuda muito. Um dia vou postar sobre a “gentileza”, que para mim é o sentimento que move o mundo. Mas aí já é uma outra teoria maluca...
=)

15.9.04

Textos grandes de internet são muito chatos

Resolvi ter um blog!!! Eu queria escrever coisas legais, idéias sobre assuntos importantes e poder dividir isso para o mundo através da internet. Mas duas coisas impedem que isso aconteça:
#A primeira é que, definitivamente, eu não sei escrever coisas legais e importantes para o mundo. Sou alienada politicamente, não me dou bem com as normas e regras gramaticais, sou ignorante em quase todos os assuntos que são destaques nas grandes revistas, não sei muito sobre guerras e conflitos ideológicos entre países, não sou madura para dar conselhos sentimentais, eu mal conheço o Brasil (infelizmente), sou limitada tecnologicamente, e odeio fazer pose para ter a ousadia de falar sobre rock’n roll. Também não sou depressiva, não gosto de me queixar, e jamais saberia falar sobre o comportamento humano de forma técnica. A única coisa que sei é que odeio hipocrisia! Além de tudo isso, possuo um vocabulário escasso e pouquíssimo conhecimento sobre as coisas (mesmo as coisas que mais amo). É, não posso me dar ao luxo de querer ser escritora! Heheheheeh. Ah, Adoro rir!
#A segunda coisa que me impede de divulgar “grandes teorias e filosofias” (eu poderia copiá-las de um livro legal) é que eu acredito realmente que quase ninguém lê textos que tenham mais de 05 linhas na internet (com exceção de um grande amigo meu). Eu não leio! Ou seja, acredito que só ele chegou aqui nessa parte que eu estou escrevendo neste momento, caso ele tenha percebido que agora eu tenho um blog. Yeah, eu tenho!
Por tudo isso é que só me restou a possibilidade de falar de mim. Afinal, quase ninguém vai ler e quem o fizer provavelmente não ira repetir o feito, pois irá perceber que não tenho nada de extraordinário pra contar. Porra! É foda ser “normalzinha”...
... e será que eu sou??? Heheheheheh.
Deve ser bem mais divertido ter pose, ser superinteligente, ouvir música clássica, ser cotó, ativista política, falar alemão, escrever poesias, entender japonês, ter grandes ídolos e tatuá-los no braço, tocar harpa, compreender o que dizem os quadros do pintor, discutir moda e metafísica, ser indie, ser doidão, sei lá! Não tenho absolutamente nada pra falar de mim ou da minha limitada inteligência que possa surpreender as pessoas e despertar qualquer tipo de interesse nelas. Hehehehe. E por que tô escrevendo essas besteiras? Qual a finalidade? Porque eu quero, só isso. Eu sou esquisita às vezes! Não, eu não tenho a estima baixa na maior parte do tempo e o pior, num contexto mais amplo e geral até posso me achar interessante. Hahahahaha, é sério!!! Eu sei fazer careta! Várias! Poucas pessoas sabem fazer caretas sinistras! Ponto meu!!! \o/
Mas a verdade é que pra mim acaba sendo legal ter uma forma de gritar pro mundo o que eu sinto, mesmo que esse mundo não me escute (no caso, não me leia!). É uma forma de desabafar mesmo sem estar sufocada. Concluindo esse rodeio todo: eu gosto de escrever, mas não tenho do que falar... Limitações, entende?
Sempre que eu estiver pensando demais (de vez em quando isso acontece), eu vou tentar pôr as idéias pra fora em forma de palavras escritas, já que eu percebi que sou uma péssima compositora. É brincadeira! Pensar é uma das coisas que eu gosto de fazer, gasta energia! \o/. Penso até demais e isso me faz bem muitas vezes. Não sempre, claro, porque tudo na minha vida depende da situação e da circunstância em que me encontro. Mesmo pensando tanto ainda me surpreendo comigo em muitas ocasiões. Observar também faz parte da minha rotina. Adoro observar o universo e a forma como ele segue, as pessoas, o bichos, a vida. Adoro observar o movimento do mundo e o modo como tudo sempre se encaixa no final. Isso me faz feliz!
Caralho!!!! Eu sou feliz! De vez em quando isso é uma droga, incomoda (principalmente os outros). Pessoas felizes são pouco interessantes (com exceção do Jorge Benjor, claro). Pessoas felizes estão sempre querendo animar os outros... blé, que saco! Querem dominar o mundo e torná-lo florido. Querem acabar com tudo que vem sendo construído com grande esforço pelos idealizadores e seguidores da teoria conformista que garante: ser feliz é pra poucos. Argh. Eu sou assim... :(
Tô começando a entrar em depressão... hahahahaha. Claro que eu fico triste de vez em quando, mas isso é pra outro momento. Eu tenho minhas teorias malucas sobre esses assuntos discutíveis. E, é claro, elas provavelmente não serão interessantes pra mais ninguém além de mim!
Ih, já vi que vou pensar muito nisso... quem sabe não seja realmente o tema do meu próximo post aqui... felicidade!!! Algo tão subjetivo e que quase ninguém acredita que existe. Talvez nem exista mesmo. Por mim! Posso arranjar outro nome para definir a minha religião. Não ligo, lalalala! Tenho devaneios e neles as coisas me são reveladas de repente...
O mais interessante e o importante é que sempre gostei de escrever (principalmente cartinhas divertidas para minhas amiguinhas de outras cidades) e agora eu estou escrevendo pra mim e pro mundo (caso ele se importe). Heheheheheh.
Sempre que se põe a “cara” na internet está-se sujeito a críticas que ferram a estima de qualquer um, principalmente por pessoas que nem se identificam. Isso pra mim é interessante de certa forma. Pode xingar se não tiver mais nada de melhor pra fazer. Bom, mais uma vez estou eu aqui, na net, dando a cara pra baterem! Sem problemas, eu agüento! hehehehehe, espero...
Não quero confetes e nem amiguinhos escrevendo “que é isso Nanda, você é tão interessante, divertida, esforçada” hahahaha, amigos são legais. Eu sei o que eu sou. Não precisa tentar me animar porque eu realmente não tô deprimida. Mas tá parecendo com essa conversa né? Hahahaha (tô rindo de mim mesma, isso acontece sempre). Eu só não tenho uma visão muito romanceada da vida, ou pode ser o contrário: tenho demais essa visão. Sempre tive uma certa rejeição a blogs por causa disso, achava que era só uma forma de se ser mimado pelos amigos quando o baixo-astral chegasse. “Eu li no diário/blog que ela tá muito triste...” bléee!!! Não é o caso, só quero escrever besteiras. É pra balancear, porque eu já falo besteiras demais... ã!
Argh! Textos grandes de internet são muito chatos! :)
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