Eu sempre disse que não curtia blogs em forma de diário. Minha intenção quando criei esse, era registrar meus pensamentos abstratos e não falar do dia-a-dia, citando nomes e transformando ele numa agenda. Mas tive que rever isso...
Ontem foi um dia muito doido. Fiquei pensando numa conversa que eu tive com a namorada de um amigo meu em relação aos textos desse blog. Isso me deixou confusa. É muito estranho saber que as coisas que eu escrevi (que pra mim não passam de viagens e teorias malucas) causam um certo efeito em alguém. Mas o mais interessante é que, o que ela me falou causou um impacto grande em mim, com sensações variadas que vão desde um senso de responsabilidade pelo que escrevo, até a gratidão por quem entende, passando é claro, pelo medo, pelo susto e pela dúvida. Fiquei preocupada, emocionada e feliz.
Enquanto pensava em tudo isso, continuava ansiosa para ver o show de uma banda que eu adoro. É foda assumir isso, mesmo porque odeio fanatismo e tietagem, além de não me encaixar nesse perfil. Mas eu pago pau pra Los Hermanos! O mais chato é que é quase impossível descrever a sensação que a banda me provoca, sem parecer uma relação de fã exagerada. E não é. Eu só sei que eles são bons. São poetas fantásticos e músicos geniais. Além de tudo isso, tem Amarante, que é vesgo!!! Amo! Eu o acho vesgo e pronto! <3
O show foi lindo, redondo, sem erros. Eu fiquei extasiada, cantei, pulei, vibrei e me emocionei. Também parei do nada e me peguei pensando: será que eles são do jeito que as músicas deles me fazem pensar que eles são??? Não importa. Na verdade não são eles e sim o que representam, que faz a diferença. São pessoas normais e que escrevem belas letras, por isso, passíveis de erros, dificuldades e inseguranças. E realmente são capazes de emocionar. Achei que na hora que fosse tocar “Fingi na hora rir”, eu fosse chorar (hehehe), mas eles não tocaram. Pensei o mesmo quando fosse rolar “Último romance”, mas, apesar de linda, não me fez chorar. Mas no meio do show, quando começou “A outra”, meu olho encheu de água. Eu sempre gostei dessa música, mas só dessa vez ela me fez bambear e eu não entendo o porque. Na verdade eu sei, acho que é porque ela me fez lembrar do amor e eu ganhei um abraço amigo, que me pareceu sincero, por ter feito uma declaração. Demonstração de carinho que a música me proporcionou. Isso fez com que eu me indagasse: será que eles sentem essa sensação de espanto e responsabilidade com o que a música deles pode proporcionar em alguém? Hehehe. Talvez. Eu sei que é mais uma viagem louca, mas ontem eu dormi com um nó na cabeça.
Os gritos do público e o fato da banda estar virando mania me incomodam um pouco. Sei lá, mas tinha muita gente ali que não curte rock, não tem noção do que é uma música bem feita e passam a impressão de terem decorado todo o cd só para gritar as músicas dos novos queridinhos da mídia. Posso até estar falando besteira, mesmo porque, sem dúvida, é genial para a banda ver a casa cheia, independente se estão ali porque gostam ou porque a tv está elogiando. Mas eu sei que o fato deles estarem virando seres idealizados e provocadores de histeria me deixa um pouco chateada. É quase um ciúme, talvez por ter a ousadia de achar que gosto mais que muita gente que estava ali se descabelando. E eu lá, apenas admirando. Hehehehe ridículo, concordo. Mas não importa, são as minhas viagens.
Eu sei é que estava lotado e foi excepcional pra mim, mais uma vez! =D Depois de Los Hermanos começou Scambo. Tipo, a banda mudou pra caramba desde a época que eu vi. Quando entraram no palco com o vocalista performático e suas versões com arranjos indiscutíveis eu vi que a Bahia não dá valor ao que tem. Os caras são rock. É excelente! Eu prefiro o tipo de letra e som que Los Hermanos fazem, mas em termos de profissionalismo, a Scambo não deixa nada a desejar. E sem dúvidas eles passam pra alguém a emoção que Amarante e Camelo (juntamente com a banda, claro) passam pra mim. Resumindo: foi um dinheiro muito bem empregado.
Depois do show fui parar no Rio Vermelho com um casal de amigos que eu amo. Caramba, que coisa louca! Normalmente eu não faria isso... sair de “vela”, mas tive vontade de ir. Paramos no bom e velho Nhô Caldos. E depois de estarmos sentados e com a cerveja a caminho, num estalo, resolveu-se mudar de bar. Fomos para o beco do França e... quem lá estava, sentado com amigos, bebendo e comendo como uma pessoa normal? Quem? Amarante! Lindo! Vesguinho! Aiai (suspiros) <3
Não conseguia manter a concentração em mais nada. Fiquei tensa, roí as unhas, comi amendoins freneticamente, mas não levantei do lugar. Odeio incomodar. E além de tudo, não iria conseguir passar pra ele o que eu acho sem parecer mais uma fã, e isso não me deixaria realizada. Na verdade eu poderia dizer: - oi, adoro o trabalho de vocês, curti o show, foi muito legal! --- Mas, e daí? Isso ele sabe e teve a certeza com o entusiasmo da galera lá.
Na verdade o que eu acho da banda não é nada demais: eles são bons pra caramba, tem letras lindas e que me dizem alguma coisa. Mas o que importa isso? É totalmente sem exageros... Então é sem graça! O fato é que é sincero. E isso sim, pra mim, tem importância. Eu não estava no show porque eles são famosos e sim porque eles me emocionam. Acho isso profundo e importante. Sei lá, tô viajando, mas aquela histeria toda no show me incomodou. =/
Coloquei essas idéias na mesa com meus amigos e isso gerou uma conversa extremamente excitante. Enquanto debatíamos, eu observava as pessoas pedindo autógrafos e tirando fotos com Amarante na mesa da frente. Como será que ele reagiria se ouvisse de alguém que depois de ler com atenção o que ele escreve, passou a gostar mais dele??? Me soa forte demais. Ele já deve ter ouvido, né? Isso engrandece e causa perplexidade para mim. Queria saber a reação dele... mas não, não era o que eu falaria pra ele. Foi apenas um pensamento relembrando a conversa com a namorada do meu amigo.
O papo na mesa ia ficando cada vez mais polêmico e interessante e eu ia ficando cada vez menos distraída com a presença de Amarante ali. Ele foi no banheiro. Opa! Era a hora! Podia parar e falar com ele... mas, o que? Era apenas um cara normal que provavelmente sente vontade de fazer pipi e não iria entender o que eu queria dizer. Então melhor ficar calada e cada vez mais expondo minhas idéias na mesa. Relação fã-ídolo, importâncias de vida, bandas, som, internet, amizade, crítica, gentileza, sensibilidade, convivência, cuidado, foram temas abordados, onde falamos o que achávamos disso tudo com o coração aberto. Talvez eu nunca tenha me exposto tanto numa mesa de bar, e isso me surpreendeu.
Minha cabeça deu um nó! Conversamos muito e foi legal. Eu acreditava que eram meus amigos que estavam ali e isso me tranqüilizava. Me sentia segura até quando o tema da vez era insegurança, dúvidas e medos. Percebi ainda mais que às vezes sou intransigente. Sei que tenho uma personalidade difícil e muitas vezes não dou opiniões porque elas tendem a virar polêmicas (isso inclusive foi comprovado num pedaço de mapa-astral que esse amigo me deu hehehehehe). Mas foi válido, divertido e muito proveitoso. Ah, e foi muito bom falar sobre música também. O mais interessante é que tinham “representantes” de três bandas do rock baiano (hehehehehe). Isso foi engraçado. Falamos de sonhos, oportunidades, do cenário, da Los Canos, Vinil 69, A Grande Abóbora, Los Hermanos, das bandas em geral, do sentimento que todas passam, das emoções, dos integrantes... opa! Cadê Amarante??? Foi embora que eu nem vi... =/ hehehehehe
Caramba... duas e meia da manhã. Era hora de ir pra casa. Eu estava ainda com um nó na cabeça causado por tudo isso, causado pela conversa, causado pelo show, causado pelo meu dia. Mas esse nó já não doía... nem sempre eu tenho as teorias e as idéias prontas. É sempre bom ter algo pra organizar!
=D
Ontem foi um dia muito doido. Fiquei pensando numa conversa que eu tive com a namorada de um amigo meu em relação aos textos desse blog. Isso me deixou confusa. É muito estranho saber que as coisas que eu escrevi (que pra mim não passam de viagens e teorias malucas) causam um certo efeito em alguém. Mas o mais interessante é que, o que ela me falou causou um impacto grande em mim, com sensações variadas que vão desde um senso de responsabilidade pelo que escrevo, até a gratidão por quem entende, passando é claro, pelo medo, pelo susto e pela dúvida. Fiquei preocupada, emocionada e feliz.
Enquanto pensava em tudo isso, continuava ansiosa para ver o show de uma banda que eu adoro. É foda assumir isso, mesmo porque odeio fanatismo e tietagem, além de não me encaixar nesse perfil. Mas eu pago pau pra Los Hermanos! O mais chato é que é quase impossível descrever a sensação que a banda me provoca, sem parecer uma relação de fã exagerada. E não é. Eu só sei que eles são bons. São poetas fantásticos e músicos geniais. Além de tudo isso, tem Amarante, que é vesgo!!! Amo! Eu o acho vesgo e pronto! <3
O show foi lindo, redondo, sem erros. Eu fiquei extasiada, cantei, pulei, vibrei e me emocionei. Também parei do nada e me peguei pensando: será que eles são do jeito que as músicas deles me fazem pensar que eles são??? Não importa. Na verdade não são eles e sim o que representam, que faz a diferença. São pessoas normais e que escrevem belas letras, por isso, passíveis de erros, dificuldades e inseguranças. E realmente são capazes de emocionar. Achei que na hora que fosse tocar “Fingi na hora rir”, eu fosse chorar (hehehe), mas eles não tocaram. Pensei o mesmo quando fosse rolar “Último romance”, mas, apesar de linda, não me fez chorar. Mas no meio do show, quando começou “A outra”, meu olho encheu de água. Eu sempre gostei dessa música, mas só dessa vez ela me fez bambear e eu não entendo o porque. Na verdade eu sei, acho que é porque ela me fez lembrar do amor e eu ganhei um abraço amigo, que me pareceu sincero, por ter feito uma declaração. Demonstração de carinho que a música me proporcionou. Isso fez com que eu me indagasse: será que eles sentem essa sensação de espanto e responsabilidade com o que a música deles pode proporcionar em alguém? Hehehe. Talvez. Eu sei que é mais uma viagem louca, mas ontem eu dormi com um nó na cabeça.
Os gritos do público e o fato da banda estar virando mania me incomodam um pouco. Sei lá, mas tinha muita gente ali que não curte rock, não tem noção do que é uma música bem feita e passam a impressão de terem decorado todo o cd só para gritar as músicas dos novos queridinhos da mídia. Posso até estar falando besteira, mesmo porque, sem dúvida, é genial para a banda ver a casa cheia, independente se estão ali porque gostam ou porque a tv está elogiando. Mas eu sei que o fato deles estarem virando seres idealizados e provocadores de histeria me deixa um pouco chateada. É quase um ciúme, talvez por ter a ousadia de achar que gosto mais que muita gente que estava ali se descabelando. E eu lá, apenas admirando. Hehehehe ridículo, concordo. Mas não importa, são as minhas viagens.
Eu sei é que estava lotado e foi excepcional pra mim, mais uma vez! =D Depois de Los Hermanos começou Scambo. Tipo, a banda mudou pra caramba desde a época que eu vi. Quando entraram no palco com o vocalista performático e suas versões com arranjos indiscutíveis eu vi que a Bahia não dá valor ao que tem. Os caras são rock. É excelente! Eu prefiro o tipo de letra e som que Los Hermanos fazem, mas em termos de profissionalismo, a Scambo não deixa nada a desejar. E sem dúvidas eles passam pra alguém a emoção que Amarante e Camelo (juntamente com a banda, claro) passam pra mim. Resumindo: foi um dinheiro muito bem empregado.
Depois do show fui parar no Rio Vermelho com um casal de amigos que eu amo. Caramba, que coisa louca! Normalmente eu não faria isso... sair de “vela”, mas tive vontade de ir. Paramos no bom e velho Nhô Caldos. E depois de estarmos sentados e com a cerveja a caminho, num estalo, resolveu-se mudar de bar. Fomos para o beco do França e... quem lá estava, sentado com amigos, bebendo e comendo como uma pessoa normal? Quem? Amarante! Lindo! Vesguinho! Aiai (suspiros) <3
Não conseguia manter a concentração em mais nada. Fiquei tensa, roí as unhas, comi amendoins freneticamente, mas não levantei do lugar. Odeio incomodar. E além de tudo, não iria conseguir passar pra ele o que eu acho sem parecer mais uma fã, e isso não me deixaria realizada. Na verdade eu poderia dizer: - oi, adoro o trabalho de vocês, curti o show, foi muito legal! --- Mas, e daí? Isso ele sabe e teve a certeza com o entusiasmo da galera lá.
Na verdade o que eu acho da banda não é nada demais: eles são bons pra caramba, tem letras lindas e que me dizem alguma coisa. Mas o que importa isso? É totalmente sem exageros... Então é sem graça! O fato é que é sincero. E isso sim, pra mim, tem importância. Eu não estava no show porque eles são famosos e sim porque eles me emocionam. Acho isso profundo e importante. Sei lá, tô viajando, mas aquela histeria toda no show me incomodou. =/
Coloquei essas idéias na mesa com meus amigos e isso gerou uma conversa extremamente excitante. Enquanto debatíamos, eu observava as pessoas pedindo autógrafos e tirando fotos com Amarante na mesa da frente. Como será que ele reagiria se ouvisse de alguém que depois de ler com atenção o que ele escreve, passou a gostar mais dele??? Me soa forte demais. Ele já deve ter ouvido, né? Isso engrandece e causa perplexidade para mim. Queria saber a reação dele... mas não, não era o que eu falaria pra ele. Foi apenas um pensamento relembrando a conversa com a namorada do meu amigo.
O papo na mesa ia ficando cada vez mais polêmico e interessante e eu ia ficando cada vez menos distraída com a presença de Amarante ali. Ele foi no banheiro. Opa! Era a hora! Podia parar e falar com ele... mas, o que? Era apenas um cara normal que provavelmente sente vontade de fazer pipi e não iria entender o que eu queria dizer. Então melhor ficar calada e cada vez mais expondo minhas idéias na mesa. Relação fã-ídolo, importâncias de vida, bandas, som, internet, amizade, crítica, gentileza, sensibilidade, convivência, cuidado, foram temas abordados, onde falamos o que achávamos disso tudo com o coração aberto. Talvez eu nunca tenha me exposto tanto numa mesa de bar, e isso me surpreendeu.
Minha cabeça deu um nó! Conversamos muito e foi legal. Eu acreditava que eram meus amigos que estavam ali e isso me tranqüilizava. Me sentia segura até quando o tema da vez era insegurança, dúvidas e medos. Percebi ainda mais que às vezes sou intransigente. Sei que tenho uma personalidade difícil e muitas vezes não dou opiniões porque elas tendem a virar polêmicas (isso inclusive foi comprovado num pedaço de mapa-astral que esse amigo me deu hehehehehe). Mas foi válido, divertido e muito proveitoso. Ah, e foi muito bom falar sobre música também. O mais interessante é que tinham “representantes” de três bandas do rock baiano (hehehehehe). Isso foi engraçado. Falamos de sonhos, oportunidades, do cenário, da Los Canos, Vinil 69, A Grande Abóbora, Los Hermanos, das bandas em geral, do sentimento que todas passam, das emoções, dos integrantes... opa! Cadê Amarante??? Foi embora que eu nem vi... =/ hehehehehe
Caramba... duas e meia da manhã. Era hora de ir pra casa. Eu estava ainda com um nó na cabeça causado por tudo isso, causado pela conversa, causado pelo show, causado pelo meu dia. Mas esse nó já não doía... nem sempre eu tenho as teorias e as idéias prontas. É sempre bom ter algo pra organizar!
=D