10.5.06

** Véu de Noiva - Itaitu **



friooooooooooooooooooo

17.4.06

Querido Diário...

Feriado longo, viagem, natureza, família, reencontros... muitas coisas me fizeram pensar por esses dias...
Ir pro interior é sempre muito bom pra mim. A cidade é linda e encantadora, cheia de lendas e mistérios. É também de uma beleza natural fantástica. Muitas serras, cachoeiras, rios, e está tudo verde e cheio, confirmando o bem que a chuva trouxe. Pra mim é um paraíso. Sinto muita paz naquele lugar. Mas uma das coisas que mais me anima quando eu vejo a cidade apontando é saber que vou rever muita gente que eu amo, mas vejo pouco. Amigos de infância, parentes distantes, antigos amores, primos e tios. Essas reuniões são sempre prazerosas e divertidas. Também são melancólicas por trazerem tantas lembranças, claro.
Feriado grande é sempre o melhor porque todos vão ver os familiares, aí o rebuliço é geral. Hehehe. Uma euforia na pracinha. Muita gente!!!
Porém tinha um clima de tensão me rondando. Bem no feriado fez 1 mês do falecimento de minha titia. Foi uma morte estranha e como desejo dela, houve uma cerimônia de cremação. E lá estava eu e meu primo viajando, levando com a gente as cinzas de minha tia. Quer mais motivos do que esse pra ter dias pensativos? Pois é...
Eu não sabia ao certo o que aconteceria quando a gente entrasse na casa com aquele bauzinho, mas no fundo já sentia uma consternação quando adentramos a rua.
Pensei sobre a morte... estou lidando melhor com ela! Aliás, bem melhor! Pude perceber que ela me causa bem menos dor do que o sofrimento físico e emocional. Ver quem você ama sofrer é absurdamente angustiante. E a sensação de impotência perante a situação só aumenta a angústia. A morte é uma passagem. Assustadora, obviamente! Mas uma passagem. E muitas vezes ela só cura, só alivia.
Bom, levamos a urna para ser colocada perto dos meus avós, que também já partiram. Nada melhor que ficar juntinho dos pais... tudo isso é bem simbólico e até válido na minha opinião. Mas enfrentar dois “enterros” para uma mesma pessoa tão amada é realmente muito pra mim. Então não participei deste último. Me sinto confortável pela certeza que tenho de que minha tia está bem em outro plano. Isso me basta! Não me importa se é uma válvula de escape para aliviar o sofrimento da perda. Eu acredito e basta!
Então veio a parte da reunião familiar (parentes de sangue + agregados), hehehehe. E essa é sempre muuuuuuito boa e divertida. Às vezes tensa também. Minha família é estabanada, mas se ama. E eu sou feliz por ser uma pessoa que gosta de estar com eles.
E aí vem o encontro com os amigos... grandes amigos! E também os coleguinhas legais que eu vejo poucas vezes, mas tenho um carinho imenso. É tão legal reencontrar e dar aquele abraço... e relembrar do diário coisas de 10, 12 anos atrás. Ou até mais anos atrás... hehehehe.
Mais pensamentos: a idade chegando!
Muitos estão casados, alguns outros com filhos, vários progrediram, uns tantos estagnaram. É sempre bom vê-los!
E daí relembrar os amores. Aquelas paixões adolescentes em que se namora sozinha. Os micos, os beijos, as micaretas, as situações engraçadas. Hehehehe
Eu encontrei o mais importante de todos eles! E vê-lo me fez pensar intensamente no tempo, no passado e no futuro... foi minha grande paixão juvenil... hahahahah.
E está casado! ¬¬
Foi muito interessante revê-lo.
Na verdade eu não fiquei feliz.
Ele me parecia tão maior antigamente... estava lindo e tal, mas tinha algo que não era da pessoa que eu conhecia. A vitalidade, a presença marcante, eu acho.
Quando eu lembro que quase perdi o ano por causa dele... hahahahaha. Não dava pra estudar porque me tirava o tempo que eu tinha que estar pensando nele.
Era muito legal.
Era um sofrimento de amor puro... hehehehehe.
Eu queria tentar explicar o que eu senti ao vê-lo depois de tanto tempo (e agora casado), mas tudo vai parecer que foi um sentimento menor... (essas coisas de “perda” e “ciuminho”).
Mas não foi!
Só sei que um brilho se perdeu e teve uma fração de segundos que nos olhamos sem palavras. Era como se a situação gritasse: “Puta que pariu, o que é que está havendo aqui????”
A gente precisava ter se abraçado melhor e conversado mais, eu acho. Mas agora a realidade é outra e não permite. Não pelo fato de ser um homem casado, mas porque a história é bem mais longa e não cabe falar disso agora.
Bom, só sei que não enxerguei mais aquele homem lindo e admirável que habitava meus pensamentos e era o personagem principal de todos os meus sonhos dramáticos nos meus idos 16 anos de idade. E olha que ele está beeeeem mais bonito agora... hehehehe. Mas é como se as páginas escritas do meu diário estivessem descolorando ali. Rumos da vida...
O porque disso eu não sei, na verdade não conseguiria explicar, como já disse.
E isso me fez enxergar melhor ainda “relacionamentos” e o mal (ou o bem) que eles podem causar para as pessoas.
Se eu pudesse (pretensiosamente falando) escolher uma mulher pra ele, com certeza não seria eu. Mas tenho mais convicção ainda de que não seria a que ele está.
Sei lá...
O tempo e os acontecimentos vão me mostrar o porque d’eu pensar assim. E realmente quero estar errada.
Minha amiga olhou pra mim e descreveu o que sentiu quando viu o casal. Foi exatamente a mesma coisa que eu captei: insegurança.
Parece que ele vive rodeado de medo do que ela possa fazer novamente. E casou para provar pra si mesmo e para o mundo que conseguiria mantê-la. O mais louco é que parece que ela faz questão de deixá-lo inseguro, na expectativa de traí-lo.
Acho que isso causa momentos alucinantes de paixões, só pode, hehehehe. Mas a euforia sempre acaba...
Eu e minha amiga viajamos na mesma coisa. Isso me intrigou!
Confirmei ainda mais aí que ele já não é mais “o” homem. E eu vejo outros exemplos como o dele sugirem. Hehehehe. Muito doido isso!
E tem o lance da expectativa de quem está de fora também. Não é o casamento sonhado pela família, não é a esposa desejada pelos amigos... acho que todo mundo tem um “que” de preocupação. Eu viajo que rola um clima tenso geral. Principalmente dele, por ter que conseguir que as coisas sejam diferentes do que todos acreditam. Ninguém fala nada, afinal é a pessoa que ele escolheu. Simplesmente a tendência é as pessoas se afastarem e se calarem pra não presenciar e nem acelerar uma possível catástrofe.
Eu sei que é feio ficar analisando a vida dos outros. Não me cabe e não é da minha conta. Mas é impossível não “balançar” quando se trata de alguém que foi tão especial. Não é “balanço” de amor. É de vida, de lembranças boas, de saudades, de várias coisas.
A felicidade dos outros não me incomoda em nada, só queria ter sentido ela presente de forma verdadeira, e não uma felicidade tentando ser acreditada...
Talvez eu viaje muito, eu sei.
Nos abraçamos, eu olhei nos seus olhos, e foi aí que faltaram palavras.
Talvez nossa história tenha se encerrado naquele momento (pra mim, é claro).
Talvez não... ninguém sabe o dia de amanhã, não é?!!!
Eu falo de história de vida, de convivência e não de relacionamento amoroso.
É que algumas coisas podem ser recuperáveis, inclusive a admiração. Tem gente que é capaz de “acordar” e surpreender...
Mas por enquanto não nos vejo como grande amigos, nem me imagino freqüentando a casa dele e da esposa dele. E também nem cabe, ele já não é mais a mesma pessoa... não vi mais o meu ex-amor. E vale dizer que mesmo depois da paixão ter acabado eu ainda o olhava com olhos mágicos. Mas ali eu olhei fundo e percebi que meus olhos já não brilhavam mais. E, por Deus, como eu quero que ele esteja feliz. Eu não tenho que ser convencida disso... quero que ele esteja realmente feliz. Porque toda a felicidade que eu desejo pra ele é muito maior do que aquela que eu captei ali. Talvez seja o momento, quem sabe...
Mas vendo isso eu fiquei triste pelos homens...
Algumas mulheres têm o poder de cegá-los, diminuí-los, deixá-los inseguros, vulneráveis e opacos até apagá-los. Quando na verdade deveria ser diferente: união é soma, é tranquilidade, respeito, admiração, confiança! Relações passionais só trazem perdas e desgastes de todos os tipos. Eu diria: “homens, escutem as suas mães!!!”. heheheheheeh
Não me imagino numa situação assim (batendo três vezes na madeira). Parece nigrinhagem! Hehehehe. Ver um “macho” assim assusta. Porque o contrário é mais normal, né? (mulher submissa, podada, na sombra e tal). Mais três tempos na madeira! Por isso quando acontece com homens a situação é visivelmente mais deprimente. E então tive mais certeza de que não nasci pra relações desse tipo.
Bom, quem sabe...
Andar pelas ruas do interior me faz bem... ar puro, ver o movimento desordenado e a simpatia das pessoas. Tava chovendo à noite e eu adoro dormir de cobertor no friozinho. O rio subiu, o cheiro de terra molhada tava inebriante e a feira popular sempre muito lotada com seus vendedores humildes e sorridentes. O sertanejo é lindo e ingênuo. Comprei blusinhas de 5 reais na feira. Aeeeeeeee! Moraria lá tranqüilamente (mas aí, só casada! Hahahahahaha). Mas sério, tudo parece mais fácil no interior.
Andar pelos matos é bem divertido, mas fico com as pernas lapiadas e tenho alergia a mosquitos. Me perdi e adorei ouvir os ecos dos meus gritos. Foi maravilhoso. Feri o dedinho. Mas na hora que eu ouvi o barulho da cachoeira se aproximando já me deu palpitação. Sempre que eu vou lá é assim.
É Deus mais perto!
É Paz! A Paz que vem de dentro.
Existem alguns outros lugares que me trouxeram essa mesma sensação.
Deus é aquela natureza linda e sem estragos (conservem!).
E seguindo o barulhinho... o clarão se abre e a cachoeira aparece...
E então eu olhei para a imensa queda d’água e pensei: “como é bom estar aqui!”.
E agradeci.
Sim, eu converso muito com Deus (ou qualquer força superior, não importa o nome empregado).
A temperatura da água devia estar em torno de 16 graus. Até os metidos a machões se tremiam todo.
E eu olhando, olhando, me deliciando em cima de uma pedra com aquela belezura, aquela imensidão de água mais intensificada pela chuva que caiu na noite anterior. Olhava e pensava:
Eu sou um grãozinho, sou sim
Mas eu sou do mundo
E o mundo é meu
=D
Por isso tento ser responsável com a vida
...
Jogaram água gelada em mim
Voltei a realidade
Ai que friooooooooooooo
Mergulhei!

12.3.06

Mário Quintana já disse...

"Todos esses que aí estão
Atravancando o meu caminho
Eles passarão... Eu passarinho!"

1.1.06

** feliz ano novo **