4.3.12

A Cura pelo Amor

Um dia sem chão, sem teto, sem irmão, sem estímulos, sem vontades.
Tudo ficou cinza, meu porto seguro mudou de lugar.
O vazio, a tristeza, a solidão e o desânimo deram lugar à exaustão.
Deste cansaço, veio o desassossego, amigo-irmão da depressão.
Esta, como principiante, teimou em ficar, sentiu-se bem na desarrumação do lar.
Mas a proprietária não é inconsciente, está apenas fragilizada...
Delegou a um anel a importância da vida eterna, da confiança e do companheirismo.
Achou-se segura. Mas o vento passa e leva o que não tem peso.
E percebeu que os elos de verdade nao são feitos de metal.
Foi assim que entendeu que precisava de ajuda.
Quem sempre foi forte, que sempre ouviu, necessitou de colo.
E ao precisar desse apoio foi que muita coisa se revelou. Escondeu-se.
Quem estava ao lado, fugiu: precisava de um bar, precisava sumir.
Mas quem ama, sente, mesmo com a distância física.
E a presença veio em forma de palavras, brigadeiro, lágrimas, abraços, ligações e mensagens.
Quase todas sem retorno.
Mas não veio em forma de aliança física.
Foi então que ficou claro que a ajuda vem até você, mesmo quando não se implora ou se responde.
Ela se mostra só pra que se saiba que ela esta ali. E não te desampara.
E é assim que surge o sentimento que move o mundo: quando você realmente precisa dele.
Assim é o despretensioso amor.

E ele cura.

<3

Um comentário:

Mary disse...

=)
apareça =) Não precisa sofrer só =)